terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Lunário: Março de 2023


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domingo, 19 de fevereiro de 2023

Reflexões Astrológicas 2023: Lua Nova em Peixes

  Reflexões Astrológicas


Lunações


Lua Nova em Peixes

Lisboa, 07h06min, 20/02/2023

 

Sol-Lua

Decanato: Saturno

Termos: Vénus

Monomoiria: Marte   

 

  A Lua Nova de Fevereiro, a última do actual ano astrológico, ocorre no signo de Peixes, com Aquário a marcar a hora para o tema de Lisboa e, deste modo, na II, no Lugar do Viver (βίος), no decanato de Saturno, nos termos de Vénus e na monomoiria de Marte. A sizígia dá-se assim abaixo do horizonte e cerca de vinte minutos antes do nascer-do-sol. A Lua encontra-se favorecida por estar no seu próprio segmento e num signo feminino, embora abaixo do horizonte, já o Sol encontra-se desfavorecido por estar fora do seu próprio segmento de luz (αἵρεσις) e abaixo do horizonte. Desta forma, a luz, à semelhança do anterior novilúnio, continua a apresentar uma qualidade submersa, oculta, embora, nesse reino sob a terra, na lua nova anterior descesse e no actual suba.

  Se seguirmos a ordem vernal, Peixes é o último signo, daí que o conceito de totalidade seja aquele que melhor o define. Esta definição está também de acordo com a ordem do Thema Mundi que, com Caranguejo a marcar a hora, o coloca na IX, no Lugar de Deus, do deus Sol. Se pensarmos que, segundo o Thema Mundi, a III e a IX têm uma natureza de templo do feminino e do masculino, do Sol e da Lua, do divino, então torna-se compreensível como esta ideia de totalidade se integra, fundando o seu sentido, no signo de Peixes. Por outro lado, no que às dignidades concerne, Peixes é o único signo em que o domicílio e a exaltação estão entregues aos benéficos (domicílio de Júpiter e exaltação de Vénus). A dádiva do bem adquire assim a mesma ideia de totalidade. Júpiter estabiliza o bem para que Vénus o eleve no amor divino.

  Uma das grandes falácias da astrologia contemporânea é uma colagem quase absurda dos signos às casas (ou lugares, na terminologia antiga). Na Antiguidade, que é o período que me é caro, essa tentativa de simplificação não existe. Os círculos astrológicos de sentido são estruturas dinâmicas, daí que Peixes não seja a XII, tal como Carneiro não é a I e assim sucessivamente. Esta tentativa de unidade significativa resulta, a meu ver, do facto da astrológica moderna tentar simplificar os conceitos face à astrologia tradicional, considerada por muitos astrólogos como densa e com muitos conceitos e variantes. Com esta unidade de sentido, surgem, porém, interpretações bizarras e que alimentaram muitos livros e cursos, como por exemplo “Sol em Carneiro ou na I quer dizer isto ou aquilo” ou a “Lua em Touro ou na II quer dizer isto ou aquilo” e assim por diante. Estas interpretações contrariam, por completo, o sistema tópico de lugares ou casas, criado pela astrologia antiga de matriz hermética, em Alexandria, por volta do século I AEC.

  Ora este abuso interpretativo condicionou também o sentido atribuído aos transaturninos e, por consequência, aos signos por eles regidos, o que conduziu, directa ou indirectamente, a outra bizarria, à análise pessoal de um planeta colectivo. O uso destes três planetas na interpretação mundana ou naquela que relacione o indivíduo à sua realidade social e geracional é aceitável e compreensível, mas torná-los simplisticamente planetas pessoais é um erro grosseiro. Plutão, por exemplo, numa vida humana, não avançará muito além dos seis ou sete signos, o que limita o seu sentido pessoal.

  No entanto, não digo que se rejeite a sua utilização, porque é uma escolha, digo sim que os conceitos devem ser coerentes. Esta simplificação não serve a astrologia, serve a mercantilização de cursos que tornam o ensino de um saber milenar uma extensão de um instituto de formação profissional, onde a astrologia, em Portugal, não sequer é reconhecida como área de estudo. O esforço que exige estudar a história, as referências e as variáveis de sentido é substituído por uma cartilha de diapositivos repleta de lugares-comuns. O ensino da astrologia, pela sua própria natureza, tem de ser um caminho para a sabedoria, daí que a astrologia do hoje e do amanhã precise desesperadamente das humanidades e das suas metodologias. A história da astrologia tem recuperado, de forma séria e académica, a dignidade da astrologia e refundado um caminho para uma nova prática.

  Este preâmbulo serve para reafirmar que o sentido dos signos não pode, de um modo fixo e descontextualizado, estar vinculado às casas. Desta forma, um novilúnio em Peixes, como o actual, vai-nos trazer, exacerbando, essa harmonia de sentido entre o domicílio de Júpiter e a exaltação Vénus, e não os sentidos atribuídos à décima segunda casa. Na verdade, é a exaltação de Vénus, que acontece nesta Lua Nova, embora não no grau exacto (27º), que melhor descreve o signo Peixes. De um ponto de vista mitológico, a constelação de Peixes representa primordialmente os Ikhthyokentauroi, os dois peixes que trouxeram Afrodite para a costa (cf. Rodolfo Miguel de Figueiredo, 2021, Fragmentos Astrológicos: 155-6). Este mito recupera a Afrodite cipriota, uma Grande Deusa, e não a deusa olímpica, limitada e reduzida a uma versão erótica e lúbrica. Afrodite é uma deusa das origens, uma expressão do eterno feminino. A exaltação de Vénus, no fim do Zodíaco, celebra um tempo novo, a era do Espírito Santo, do Sagrado Feminino. A pomba da deusa ergue-se no fim do tempo.

  O novilúnio de Fevereiro traz, deste modo, essa ponte entre a humanidade e a totalidade, entre Aquário e Peixes. No entanto, a totalidade proposta surge sob a forma de contemplação, de integração na luz. Manílio, na Astronomica:, diz-nos: “sacrificado é o humano, para que deus nele possa existir” (Astronomica IV, 407, Goold 1985: 94: impendendus homo est, deus esse ut possit in ipso). A humanidade só alcançará essa proposta de totalidade se encontrar uma forma de sacrifício, de despojamento e liberdade. Aquele que recebe, que se entrega, cria, só assim o ciclo se renovará, renascendo do fim a origem. É o desapego da totalidade, da imersão na luz, que permite um novo ciclo, ou seja, a acção promovida por Carneiro nasce desta totalidade contemplativa.

  Na Hermetica de Estobeu, encontramos um sentido para a dissolução do humano na totalidade. O texto afirma o seguinte: A decadência segue todo o nascimento, para que se possa nascer de novo. Isto porque aquilo que nasce surge daquilo que é decadente. O que nasce deve decair, para que o nascimento das entidades não pare. Para o nascimento dos seres, a decadência é o primeiro artesão.” (SH 2A16). E, logo a seguir, conserva uma verdadeira pérola de sabedoria quando diz: “O humano é a aparência da humanidade” (SH 2A1, Litwa, M. D., Hermetica II -The Excerpts of Stobaeus, Papyrus, and Ancient Testimonies in an English Translation with Notes and Introduction. Cambridge, 2018: Cambridge University Press, 34). A aceitação da decadência é uma visão da totalidade e o modo como o humano se sacrifica nessa totalidade define a própria humanidade.

  Com o novilúnio a fixar-se na II, isto para o tema de Lisboa, o valor do viver refunda-se na luz da totalidade. Trasilo diz que o segundo lugar é um “indicador de esperanças”, ἐλπίδων σημαντικήν (CCAG VIII/3: 101.20). A promessa do fim surge pois como uma esperança de renascimento. Existe uma refundação do tempo cíclico, de eterno retorno, na unidade do instante, na simplicidade do agora. A união entre os luminares e Vénus e Neptuno potencia a união da luz ao princípio do amor, do amor universal, aquele que permeia o mundo e une, no divino, todas as criaturas. A luz da solidariedade imite raios de esperança. A humanidade só se perderá se se afastar desses raios, pois a empatia, o amor ao próximo tem a capacidade extraordinária de transformar o humano.  

  Essa concentração do valor do amor na mensagem da sizígia (luminares, Vénus e Neptuno) espalha-se benevolamente para a Úrano em Touro e Plutão em Capricórnio, que dão a estrutura da vontade a essa mensagem, mas também ao Dragão da Lua que reúne, neste sentido, o valor axial da vida e da morte. O grande obstáculo continua a ser a Marte em Gémeos que se une quadrangularmente à sizígia. No tema, Marte é o planeta mais ocidental e que escapa à identidade, ao leme do sentido proposto. O planeta do deus da guerra é um aqui um outro, não um que se possa conhecer, mas um estranho. Marte, face ao sentido da sizígia, fende a realidade, cria separação e discórdia. No entanto, por se unir em trígono a Mercúrio e a Saturno em Aquário e em sextil a Júpiter em Carneiro, existem elos de possibilidade, ou seja, entre a desarmonia e a dissonância podem ser criados elementos de concórdia, sobretudo se não se perder o leme de sentido desta sizígia, a luz que emana da totalidade, trazendo solidariedade ao mundo.

  De um outro ponto de vista, o caminho da luz é, no interior do signo de Peixes, uma via ascendente que se inicia em Vénus, uma Estrela da Tarde, passa por Neptuno até alcançar, na dianteira, os luminares. Este caminho, como já o referimos, contém em si a esperança da luz, da sua transformação. Se considerarmos, todavia, um caminho mais extenso, então esta via ascendente, embora submersa, pode se iniciar tanto em Úrano em Touro como em Júpiter em Carneiro e expandir-se até Saturno em Aquário, fazendo deste o timoneiro desta barca luminar. Ora Saturno conserva aqui um sentido profundo, pois até ao próximo novilúnio Saturno transitará de Aquário para Peixes.  

  Com o senhor da Necessidade na dianteira, a sua mensagem reafirma-se, até porque se encontra em conjunção a Mercúrio e em sextil a Júpiter. A razão e a acção do destino, a força dos ditames da Providência, colhem, com a foice da realidade, o sentido de totalidade. É como diz Epicteto: “Pois isto é teu: interpretar belamente o papel que te é dado – mas escolhê-lo, cabe a outro” (Encheiridion 17, trad. A. Dinucci & A. Julien, 2014: 46. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra). Somos actores no teatro do real e é o destino ou a necessidade o verdadeiro autor do texto interpretado. Contudo, o poder da palavra pode trazer consigo a luz ou a sombra, o bem ou mal (sextil de Mercúrio e Júpiter). A qualidade da nossa representação depende pois apenas de nós.  

  Convém também referir-se que Plutão é o astro mais alto, revelando como o Senhor do Hades reina sobre a realidade, impondo o poder da morte e a efemeridade da vida. A quadratura entre Júpiter em Carneiro e Plutão em Capricórnio coloca em tensão a acção do bem sobre o poder da morte. Algo que está sintonia com a quadratura de Saturno em Aquário ao Dragão da Lua no eixo Touro-Escorpião, ou seja, o destino da humanidade a colidir com o valor da vida e da morte. O devastador sismo na Turquia e na Síria, que estava infelizmente previsto no eclipse lunar de 8 de Novembro, coloca na clepsidra do humano a escolha do bem e será sobre a humanidade que se criará a solidariedade e a compaixão, pois é essa a proposta de sentido do novilúnio de Peixes

  Entre a Lua Nova em Peixes e a Lua Nova em Carneiro, Mercúrio avançará de Aquário para Carneiro, Vénus de Peixes para Touro, Júpiter manter-se-á em Carneiro e Saturno chegará a Peixes. Já os transaturninos vão permanecer também nos seus signos: Úrano em Touro, Neptuno em Peixes e Plutão em Capricórnio. No período que medeia as duas luas novas, não existirá nenhuma retrogradação planetária, o que promove a acção dos planetas e os seus efeitos.

  Em suma, a actual Lua Nova exorta a totalidade e clama por uma luz que reúne, no amor universal, a dádiva do Eterno Feminino.   

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

Brevemente: O Resto Permanece Humano: Livro II


Sairá, em breve, o Livro II de O Resto Permanece Humano, um projecto editorial que procura reunir a maior parte da escrita poética do autor. Este será o décimo livro do autor e o terceiro de poesia.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Reflexões Astrológicas 2022: Parte II - Citação 1


Livro

Reflexões Astrológicas 2022: Parte II



Sinopse

Nas Reflexões Astrológicas, procura-se analisar anualmente alguns eventos astrológicos. O objectivo é examinar e explorar, de ano para ano, diferentes aspectos do sistema astrológico, de modo a apresentar uma compilação interpretativa o mais ampla possível. No ano de 2022, as Reflexões Astrológicas focam-se nos principais fenómenos astrológicos: as Luas Novas, os Eclipses e as Estações. Inclui-se também uma interpretação um pouco mais extensa dos eclipses que ocorrem em 2022.

Uma vez que os textos aqui reunidos foram publicados nos blogues do autor e nas redes sociais do autor, o livro electrónico é de distribuição livre e gratuita. As Reflexões Astrológicas para 2022 serão disponibilizadas em duas partes, correspondendo cada uma aos textos de um semestre. O livro impresso será comercializado a um preço reduzido, de modo a tornar estas reflexões acessíveis.

A astrologia, que nestas reflexões se quer expressar, nasce sobretudo de uma premissa de liberdade e independência, ou seja, o seu autor não se pretende fixar em correntes, não quer seguir mestres, e muito menos ser ele próprio um, nem pretende papaguear um discurso astrológico vazio, repetitivo, e que promove apenas a bajulação. Estas reflexões valem por si e procuram apenas servir a beleza do pensar e a vontade de dignificar a astrologia.


Edição: Janeiro de 2023
ISBN: 9798371360762
Páginas: 124

Livro: Edição Comum (Paperback)
Preço: 9,00€ (amazon.es)

Ebook Gratuito


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sábado, 11 de fevereiro de 2023

Acerca da Polémica sobre o Sistema de Casas Casa-Signo ou Signo Inteiro



  Este é o artigo que está na base de uma recente discussão, que na verdade já é antiga, acerca do sistema de casas casa-signo ou signo inteiro (whole sign). Na verdade, o artigo não vem confirmar, nem desmentir nenhum dos lados das barricadas. É um exagero extravasar-se interpretações.

Em qualquer questão, a primeira premissa deve ser a conciliação entre a dúvida e a moderação. Quando analisamos o passado, não devemos forçar o olhar posterior sobre uma época anterior.

A questão do sistema de casas tem levantado acérrimas discussões, sobretudo no meio anglo-saxónico e por alguns dos mais considerados astrólogos, nomeadamente Chris Brennan e Deborah Houlding. Estes são astrólogos que respeito bastante, independentemente da posição, do argumento ou até do dogma.

Na verdade, o sistema de casas, e não os seus significados, não é de todo uma das mais importantes estruturas astrológicas de sentido. Muitos dos sistemas são de facto abstracções matemático-astronómicas que não pertencem à matriz astrológica. São derivações de sentido. No entanto, tornaram-se por justaposição parte do sistema e como tal devem ser consideradas.

O sistema de casa-signo ou signo inteiro é, quer se queira, queira não, o sistema dominante na Antiguidade. As evidências textuais ou documentais indicam isso mesmo, sem que para isso tenha de existir uma explanação explícita desse sistema. E a questão é que para o astrólogo antigo funcionou, pois permite uma leitura mais imediata e uma doutrina dos aspectos fundamentada nos conceitos de aplicação e separação. Os outros sistemas têm referências residuais. Até Ptolomeu, que tem claras reservas ao uso das casas, não explana os sistemas de casas, como faz com outros tópicos. Os nomes das casas surgem esporadicamente na sua Apotelesmática.

Acredito todavia que a questão, na Antiguidade, não está bem colocada e daí todas estas discussões. As casas, ou lugares como designadas, não eram utilizadas como mais tarde se veio a verificar. A melhor definição ou distinção das casas foi feita por Robert Schmidt quando separou aquilo que é um sistema tópico de casas daquilo que é um sistema dinâmico de casas. O primeiro é o que domina o pensamento astrológico antigo. É também o mais antigo e aquele que nasce de uma matriz hermética. Encontramo-lo, por exemplo, no Pínax de Trasilo. O sistema tópico é aquele que define o significado de cada casa, criando uma unidade de sentido. Manílio atribui-lhe a qualidade de círculo fixo e, nesse sentido, está intimamente relacionado com o sistema de casa-signo. O dodekatópos torna-se a estrutura fixa e é o círculo zodiacal que se move sobre ele.

Já a estrutura dinâmica inclui sobretudo, salvo algumas pequenas variantes, o sistema de casas iguais e o sistema de quadrantes. Face ao seu uso limitado e até tardio, pelo menos até Ptolomeu e Fírmico Materno, o sistema de casa iguais resulta, a meu ver, de uma análise dinâmica de utilizar qualquer astro ou ponto como aquele que marca a hora, ou seja, tanto pode ser o Ascendente como, por exemplo, o Lote da Fortuna ou do Espírito, ou ainda o Apheta, daí que seja um sistema dinâmico e que promove a análise comparada a partir deste ponto astrológico, definido aqui pelo seu grau. O sistema de quadrante, também definido, no caso antigo, como Porfírio, não penso que seja, pelo menos na sua origem, um verdadeiro sistema de casas. E é aqui que a minha posição pode divergir um pouco, visto que os indícios textuais apontam, em especial, para a fixação dos quadrantes e não das casas.

A razão é simples e observável sobretudo pelo caso de Valente. As referências a este sistema surgem no contexto da aphesis e do modo como o arco afético se relaciona com o arco dos quadrantes. E quando se divide cada quadrante em casas, essa divisão surge no contexto da divisão do arco afético e de como se encontra o seu fim, seja pelo seu fim natural, seja pelo termo do quadrante. No caso de Valente e nas referências utilizadas no artigo de Gansten, tem de se ter alguma prudência nas extrapolações feitas a partir do Livro IX, em grande parte acerca da aphesis, pois o seu carácter mais fragmentário pode fazer perder o contexto em que certos sistemas são utilizados e que, segundo a minha opinião, se inserem sem qualquer contradição face ao modelo anteriormente explicitado.

Conclui-se assim que a forma como as casas eram utilizadas difere do seu uso posterior e isto deve-se também a um outro factor. Até à astrologia árabe, sobretudo até Abu Mashar, a astrologia de matriz hermética foi ainda o sistema dominante, no entanto, progressivamente, o modelo ptolemaico foi ganhando força. Os opositores ao sistema de casa-signo ou signo inteiro são herdeiros, sem qualquer prejuízo, de uma tradição que se estende sobretudo de Ptolomeu a William Lilly e que rejeitou, em boa parte, essa matriz hermética. Logo, é compreensível que as abordagens sejam diferentes.

Por fim, é impossível não referir que a escolha do sistema de casas, diga-se o que se dizer, é pessoal. O problema é que a grande maioria dos astrólogos continuou a utilizar acriticamente o sistema de divisão de seus mestres e, sendo o Placidus o sistema predominante, qualquer alternativa pode ser sentida como uma ameaça a essa hegemonia.

Termino com o meu caso pessoal. Comecei a estudar astrologia entre os 14 e os 16 anos. Aos vinte comecei a dar consultas. Fiz o ano passado 20 anos de prática. Desses, só há cerca de 8 anos é que mudei para o sistema de casa-signo ou signo inteiro. Até lá, o placidus foi o sistema que utilizei. No entanto, com o estudo da astrologia antiga posso dizer que me sinto totalmente confortável com esse sistema de divisão de casas, sem por isso sentir que tenho impor essa opção.

Em suma, desde que o leme seja a razão e o pensamento crítico, qualquer escolha é legítima. Não devemos é forçar os argumentos para obter uma realidade diferente. Quanto ao artigo, mesmo discordando aqui e ali, gostei muito de o ler e ficará como referência em qualquer bibliografia. Bem haja a todos aqueles que continuam a dignificar a astrologia






Referência: 
Gansten, M. (2023). Platikos and moirikos: Ancient Horoscopic Practice in the Light of Vettius Valens’ Anthologies, International Journal of Divination and Prognostication, 4(1), 1-43. doi: https://doi.org/10.1163/25899201-12340029

Mercúrio em Aquário: De 11 Fevereiro a 2 de Março de 2023


Mercúrio em Aquário: De 11 de Fevereiro a 2 de Março de 2022.

Mercúrio ingressa em Aquário às 11h23min.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

Dia dos Namorados: Cheque-Oferta - Ofereça uma Consulta de Astrologia ou Tarot


Cheque-Oferta


No Dia dos Namorados, ofereça àquela pessoa especial uma consulta de Astrologia ou Tarot. Para se conhecer os laços que unem um casal ou os desafios que podem enfrentar, uma sinastria ou análise astrológica comparada é uma excelente oferta. Pode, porém, escolher qualquer uma das modalidades disponíveis. 


A consulta será realizada à distância, na modalidade de Vídeo-consulta ou de Teleconsulta.

 

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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

Lua Fora de Curso: Fevereiro de 2023


Lua Fora de Curso


Janeiro de 2023


A Lua, como qualquer Planeta, quando está Vazio ou Fora de Curso, preserva um princípio de continuidade cíclica, embora desconectada, mas perde o sentido de direcção. Existe uma ausência de finalidade, apesar de existir movimento.

Os períodos em que a Lua está Fora de Curso devem ser tidos em consideração para melhor se decidir o tempo de agir ou pensar, de falar ou calar. Em termos empresariais, este não é, por exemplo, o momento certo para fechar um acordo ou negócio, para lançar um produto ou para marcar uma reunião. 

A Lua Fora de Curso não é, porém, o único aspecto a ter em consideração, mas é um dado fundamental para a astrologia aplicada às empresas.

 

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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Lunário: Fevereiro de 2023


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