Del Sarto, Andrea, Disputation on the Trinity, 1517. Florença: Galleria Palatina (Palazzo Pitti). |
A Vontade, enquanto primeiro aspecto, Pessoa, da Divindade (não Deus) apresenta-se como Deus em acto. O Silêncio que é a Mãe da Trindade é Deus em potência, pois é do Silêncio que nasce o Pai e a Mãe, ou seja, a Vontade e a Sabedoria. O Pai representa Deus em movimento, uma vez que é pela Vontade que a obra divina que se realiza. Já a Mãe representa Deus enquanto conhecimento de si mesmo, pois é pela consciência do Bem, da Justiça e da Beleza que a obra divina que se realiza, ou seja, a Sabedoria atribui uma finalidade ao propósito divino. O Pai e a Mãe geram a síntese da sua natureza, o Filho torna-se o Logos da Criação, o Amor que em tudo está presente. Sobre o Divino, só não se falar do Indeterminado que é a Origem do Silêncio, a verdadeira divindade. A palavra fica portanto aquém do entendimento. A mente humana, enquanto imagem da mente divina, vislumbra apenas o Silêncio, a Deusa Sige, e a Trindade que é o Pai, a Mãe e o Filho - a Vontade, a Sabedoria e o Amor.
Fonte da Imagem: https://www.wga.hu/cgi-bin/highlight.cgi?file=html/a/andrea/sarto/2/trinity.html&find=trinity