Segundo Bohleke, este papiro mostra os termos em língua demótica, o que, juntamente com outras fontes em papiro ou ostraca, revela que estes, bem como os cardinais ou pontos cardeais, os planetas, os signos, as casas, as partes e as triplicidades, pertenciam também à língua mãe egípcia, ou seja, existia um sistema astrológico egípcio nativo. Embora a datação paleográfica aponte para os séculos II e III E.C., a sua proveniência geográfica sustenta a tese base. O papiro provém de Tebtunis, uma cidade fundada por Amenemés III (XII Dinastia), em cerca de 1800 A.E.C., mas que floresceu no período ptolemaico. Os seus templos, em especial o dedicado a Sobek, tiveram um papel fundamental no desenvolvimento da prática astrológica. Para Bohleke, este sistema de termos colocar-se-ia entre o sistema egípcio e o de Critodemo, podendo inclusive ter servido de base para este último. Desta forma, é inequívoca a necessidade de o incluir no núcleo de sistemas a analisar.
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sexta-feira, 20 de abril de 2018
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