Reflexões Astrológicas
Eclipses
Eclipse Solar Parcial
(Lua Nova em Virgem)
Lisboa, 20h 43min, 21/09/2025
Sol-Lua
Decanato: Mercúrio
Termos: Saturno
Monomoiria: Lua
O
Eclipse Solar Parcial de 21 de Setembro ocorre no signo de Virgem, com Carneiro
a marcar a hora (hora de Lisboa), no Segmento de Luz (αἵρεσις) da Lua, com os luminares abaixo do horizonte, na VI, no
lugar do Má Fortuna (κάκη τύχη), e cerca de uma hora após o pôr-do-sol,
no decanato de Mercúrio, nos termos de Saturno e na monomoiria da Lua, no grau anarético
deste signo. Manílio define o lugar onde se dá o eclipse do seguinte modo: “porta laboriis erit: scandendum est atque
cadendum” (Astronomica II, 870: “a porta do trabalho serão: por uma se sobe e pela outra se desce”).
A tensão do incumprimento é a mais intensa do todo o δωδεκατόπος (doze lugares), pois não se une ao
Horóscopo e está sob o horizonte. No entanto, a união triangular ao lugar da Práxis, a X, permite que se efective,
mas só através do esforço, do labor. A sombra terá de ser trabalhada.
Paulo
de Alexandria define o sexto lugar como ἀπόκλιμα
φαῦλον (declínio débil) e designa-o de ποινέ, ou seja, retribuição, castigo ou vingança (Introdução, cap. 24). Fírmico Materno,
por seu lado, considera-o uma infelix
regio (região funesta) ou diz que é rebusque
inimica futuris (inimiga das acções futuras), fazendo dela vitio fecunda nimis (demasiado fecunda
em maldade). A VI é assim definida como um locus
piger, um lugar passivo (Mathesis,
II, 19, 7). Esta qualificação do sexto lugar é importante, pois, segundo a
ordem vernal, é neste lugar que recai o signo de Virgem, já segundo a ordem do Thema Mundi este signo ocupa o terceiro
lugar, designado tradicionalmente por Deusa, ou por lugar da Deusa da Lua. Consequentemente
a união destes dois sentidos torna-se fundamental para compreensão da natureza
do actual eclipse.
A
análise astro-mitológica do signo de Virgem estabelece uma ponte de sentido entre
estas duas qualificações. O signo de Virgem, segundo a tradição, representa Astreia,
filha de Astraeus e Eos (Aurora) ou de Zeus e Témis, ou Dikê (Némesis, na sua
forma de retribuição). Na astrologia moderna ou contemporânea, tendemos a
colocar o conceito de justiça mais associado ao signo de Balança que ao de Virgem.
No entanto, das constelações zodiacais, o signo de Balança foi o último a ser
definido, pois pertenceria inicialmente ao Grande Escorpião, do qual
representaria as suas pinças. Da sua divisão nasceria o signo de Balança, as
pinças tornaram-se escalas, e o signo Escorpião que ficaria com o resto do
corpo do Grande Escorpião. Esta origem é importante, pois mostra como o signo
de Balança, o único representado por um objecto, representa apenas o
instrumento que repousa nas mãos da deusa, no signo de Virgem. Está portanto
mais associado à aplicação da justiça.
A
deusa da Justiça é, segundo o mito das idades do mundo, a última a permanecer
na terra. Todos os outros deuses subiram ao Olimpo. No entanto, à medida que a
perfídia humana cresce, a Deusa começa a ser ignorada. Hesíodo, em Os Trabalhos e os Dias, conta-nos o
seguinte: “E ela segue-os, chorando pela
cidade e pelas moradas dos povos, / vestida da névoa, trazendo desventura aos
homens que a baniram e a não distribuem com rectidão” (222-4, trad. A.
Elias Pinheiro & J. Ribeiro Ferreira, 100. Lisboa, 2005: INCM). Progressivamente a deusa abandona a
humanidade. Esta ideia de ausência do Divino Feminino é assim associada ao
signo de Virgem. Numa perspectiva mais determinada pelos ciclos da natureza e pela
agricultura, a deusa Deméter, após o rapto de Cora (Perséfone), sua filha,
deixa o mundo e refugia-se numa gruta na Arcádia, deixando a natureza perecer e
levando todos à miséria. Ora o somatório destes elementos demonstra a
associação do signo Virgem aos lugares indicados, ou seja, à III enquanto Deusa
e à VI enquanto Má Fortuna, a miséria da ausência do feminino.
Como
o actual eclipse ocorre no signo de Virgem, a sombra dracôntica assume também,
sob o véu do obscurecimento, esta ausência do feminino enquanto degradação do
humano e corrupção da natureza. Na sua forma de retribuição, a sua face mais
severa, Dikê revela-se como Némesis. Foi a acção humana que levou a
deusa a tomar esta forma que é tradicionalmente associada a Saturno. Segundo o
mito das idades, Saturno rege a idade de ouro quando a justiça ainda existia
entre os humanos. Hoje, aquando do eclipse solar de dia 21, Saturno olha de
frente (oposição) para o encontro umbral dos luminares. A partir de Peixes,
trazendo consigo o peso do destino (Cauda
Draconis), Saturno fita esta ausência, esta negação da harmonia.
Este
abandono ou esta ausência não é, porém, definitiva, passada a sombra, renascido
o humano, a deusa voltará. Vergílio, nas Bucólicas, diz o seguinte: “A última idade do canto cumeio chegou já;/
a grande ordem dos séculos nasce de novo./
Já regressa a Virgem, regressam os reinos
saturninos; /já do céu alto uma nova
progénie é enviada.” (IV, 4.7: itima Cumaei
uenit iam cļńs aetas;/magnus ah integro saeclorum nascitur ordo./ iam redit et
Virgo, redeunt Satumia regna, /iam noua progenies caelo demittitur alto. Trad.
Frederico Lourenço, 109-10. Lisboa, 2021: Quetzal Editores). No entanto, o retorno da deusa, considerando o que
motivou o seu afastamento, nascerá de duas razões: ou porque a perfídia recuou
entre os humanos; ou porque a deusa quer ajudar o humano nesse recuo. As duas
razões não se excluem e obrigam ambas à transformação do humano, ao seu
regresso à excelência original. Esta ideia insere-se naturalmente na
conceptualização do eixo de integração que une Virgem a Peixes, ou seja, a
parte ao todo. Diante da sombra que oculta a luz, a parte não vê, não alcança o
todo. O humano não vê a deusa, não se integra na sua totalidade.
Séneca apresenta um percurso para aquilo que deverá ser,
segundo o espírito de Virgem, a sanidade da alma: “Dir-te-ei
agora o que significa uma alma sã: é cada um contentar-se consigo mesmo, ter
confiança em si próprio, saber que todos os votos feitos pelos homens, todos os
benefícios que trocam entre si não têm a mínima importância para a obtenção da
felicidade. Uma coisa passível de acréscimo não é uma coisa perfeita; o homem
que quer vir a possuir uma permanente alegria, tem de fruir apenas do que efectivamente
lhe pertence. Ora rodos os bens a que o comum dos mortais aspira são, de uma
forma ou outra, transitórios, pois de coisa alguma a fortuna nos permite a
posse para sempre. Mesmo esses bens transitórios, contudo, podem ser-nos
agradáveis se estiverem sujeitos ao controlo e à influência da razão; apenas a
razão pode tornar recomendáveis esses bens, cujo usufruto se revela nocivo a
quem os ambiciona por si mesmos.” (Ep.72.7; Cartas a Lucílio, 2ª ed,, trad. J. A.
Segurado e Campos. Lisboa, 2004: Fundação Calouste Gulbenkian). Este itinerário da alma é, na verdade, uma negação do
que conduziu ao afastamento da deusa, é uma rejeição da Má Fortuna, tornando-se
assim o sentido do actual eclipse.
A influência temporal deste eclipse deve ser analisada
com alguma ponderação, pois, como veremos mais adiante, este eclipse pertence a
uma série Saros recente, iniciada em 1917, logo a sua assinatura mundana de
sentido ainda se está estruturar. Por um lado, por ser um eclipse parcial com
uma tipologia rara, a sua duração, bem como a ascensão recta, é maior, logo a
influência também será. No entanto, por a sua significação ainda se estar a
estabelecer, a influência temporal poderá ser maior, mas o efeito tenderá a ser
mais ténue ou até difuso. A duração fixaria assim a influência em cerca de
quatro anos e meio e a ascensão recta em mais de uma década, já a declinação dos
luminares colocaria em destaque uma influência maior entre os quatro e os cinco
meses.
A influência geográfica do eclipse de dia 21 tem o seu
centro no mar, entre o sul da Austrália e a Antárctida, perto também da Nova
Zelândia, sendo visível nas ilhas Fiji, Tuvalu, Tonga, Samoa, Samoa Americana, Ilhas
Cook, Tahiti e Polinésia Francesa. A área geográfica como podemos ver é
restrita. Já segundo as regências geográficas antigas, Vétio Valente (Antologia I, 2) diz-nos que Virgem rege a
Mesopotâmia, a Babilónia, a Grécia, a Acaia (Grécia), Creta, Cíclades (Grécia),
Peloponeso, Arcádia, Cirene (Líbia), Dória (Grécia), Sicília e Pérsia ou Parsa
(Irão). Manílio, por seu lado, afirma que a Jónia (Turquia), a Cária (Turquia),
Rodes e a Grécia estão sob a sua influência (Astronomica IV, 763-8).
O
eclipse solar parcial de 21 de Setembro pertence à série Saros 154, sendo o 7º
eclipse de um total de 71. O próximo vai iniciar uma fase de eclipses anulares.
O primeiro eclipse total só ocorrerá em 2404. O eclipse inicial é a matriz de
sentido para toda a série. O primeiro eclipse desta série ocorreu a 19 de Julho
de 1917. O Sol e a Lua estavam em Caranguejo e o Dragão da Lua estendia-se no
eixo Caranguejo-Capricórnio. Mercúrio e Vénus estavam em Leão, Marte e Júpiter
em Gémeos e Saturno em Leão. Nos transaturninos, Úrano estava em Aquário,
Neptuno em Leão e Plutão em Caranguejo. Nesta data e na hora de Lisboa, Gémeos
marcava a hora e Aquário culminava. A série Saros 154 terminará a 25 de Agosto
de 3179, com um eclipse no signo de Virgem, tal como o actual.
No ano 1917, antes do eclipse, deu-se, a 5 de
Fevereiro, a Revolução Mexicana que com a nova constituição, vai ser a primeira
a instituir os direitos sociais, dois anos antes da Constituição de Weimar,
nela estavam inscritos direitos como o direito à greve, o voto feminino,
liberdade de expressão, a separação entre estado e igreja, entre outros. Este é
o ano das aparições de Fátima, tendo sido a primeira a 13 de Maio e as 13 de
Outubro já depois do eclipse. Na Rússia, dá-se a Revolução de Outubro que leva
Lenine e o Partido Bolchevique ao poder. O mês de Dezembro será um mês de
grande instabilidade. Em Espanha, assistir-se-á a três mudanças no presidente
do governo. Não nos podemos esquecer que estávamos na Primeira Guerra Mundial
e, neste mês, os Estados Unidos da América entram na guerra. É também de
assinalar a 6 de Dezembro o choque entre dois cargueiros em Halifax, no Canadá,
que vai dar origem a uma grande explosão que, por sua vez, provocará um
tsunami. Em Mondane (França), o descarrilamento de um comboio com mil soldados
provocará a morte de oitocentos deles.
Uma informação que é também
relevante é que o actual eclipse dá-se com o Sol no último grau de Virgem, o
grau anarético. Ora isto serve
primeiramente para desfazer um erro que infelizmente é muito comum. É grau anarético e não anorético, ou seja, é o grau destruidor e não o grau com falta de apetite.
O primeiro provém de anareta (ἀναιρέτης) e o segundo é o adjectivo de
anorexia, do prefixo negativo ana que
indica aqui falta ou ausência e o substantivo orexis (ὄρεξις),
fome ou apetite ou desejo. Pela internet este erro é muito comum. A destruição neste
caso ocorre por força do limite e imposição do limiar do lugar onde aquele
signo se perde e o seguinte já se avista. Um eclipse solar neste lugar vai
adensar o peso sobre o sentido da sombra. Curiosamente, a sizígia umbral
encontra-se a trinta de graus de Marte que também se encontra num grau anarético, mas neste caso o de Balança.
Em ambos os casos, devemos considerar que esta destruição é limite de algo.
Face ao tema do eclipse lunar de dia
7, deve-se destacar as duas grandes diferenças nas posições planetárias:
Mercúrio deixa o seu signo de domicílio e exaltação, Virgem, para ingressar em
Balança e Vénus deixa o signo de Leão para entrar no signo de Virgem. Vénus em
Virgem assume-se como Estrela da Manhã e encontra-se numa posição já para além
dos raios abrasivos do Sol. Mercúrio, embora no signo seguinte ao do Sol,
encontra-se sob os raios e numa posição helíaca posterior, adquirindo desta
forma uma expressão feminina e um carácter mais emotivo, sentimental e
intuitivo.
Apesar de Marte estar a deixar o signo de
Balança, onde se encontrar em detrimento, para entrar em Escorpião, o seu
domicílio, vai ainda oferecer, durante cerca de um dia, os seus raios maléficos
ao recém-chegado Mercúrio. Já a Vénus em Virgem, no domicílio e exaltação de
Mercúrio, não espalha todas as suas qualidades, algo que só acontecerá quando
entrar em Balança, o seu domicílio masculino e diurno. Vénus em Virgem assume
na Deusa Tríplice a sua face de Donzela, da jovem que ainda não se iniciou no
mistério da maternidade. No entanto, apesar de estar fora do alcance dos raios
solares, Vénus está numa posição conjunta e a fazer aplicação à sizígia umbral,
logo participa deste sentido profundo de ocultação e obscurecimento.
Do ponto de vista astro-mitológico,
seria o momento em que Cora (Perséfone) seria raptada por Hades, conduzindo
assim ao lamento de Deméter. O sextil da sizígia umbral, de Vénus e da Cauda Draconis em Virgem a Júpiter em
Caranguejo vai trazer a dádiva da origem, o bem que se encontra no começo da
viagem, a esta relação, ou seja, a procura do estado anterior de abundância de
modo a recuperar, a restaurar esse bem. O retorno à natureza e aos seus bens é hoje
um exemplo dessa relação.
A oposição Saturno em Peixes ao
lugar do eclipse, o trígono dele a Júpiter em Caranguejo, lembrando a lição de
Petosíris de que nem todos os trígonos são bons, nem todas as quadraturas são
más, e a quadratura de Saturno e do lugar umbral a Úrano em Gémeos é a marca
dos tempos sombrios em que vivemos. O humano está escolher o seu lugar na
história. Estamos à assistir a um genocídio em tempo real, com toda a
informação, com imagens, sim porque há imagens de Gaza, da destruição, da fome,
do infanticídio, do massacre de gentes à procura de comida, de um povo, e a
maioria permanece num estado de absoluta dormência, como se nada fosse, com uma
cumplicidade absurda para com os algozes de Israel. O conceito de humanidade
assenta numa premissa primordial: um humano é um humano, isto é, os seres
humanos têm todos o mesmo valor. Desta premissa decorre, segundo o espírito que
agrega o conceito de humanidade, a solidariedade, ou seja, quem sofre, quem
precisa deve ser a força da acção humana para reparar, para mitigar esse
sofrimento, essa necessidade. Enquanto permitirmos as ideias de que um humano
vale mais do outro e de que existem terras prometidas, a humanidade cairá no
seu próprio abismo. E aqueles que não fazem nada, que nem uma opinião
expressam, permitem essas atrocidades.
A posição fragilizada de Úrano em
Gémeos, onde a palavra devia ser revolução permanente, bem como a quadratura de
Mercúrio em Balança a Júpiter em Caranguejo, onde o espírito nacionalista da
extrema-direita corrompe a justiça e harmonia entre as gentes, entre os povos,
vão mostrar como a inteligência e a palavra se afundam na sombra da ignorância.
A quadratura de Mercúrio em Balança a Júpiter em Caranguejo e a oposição a
Neptuno em Carneiro são uma marca da transmissão das novas ideologias
populistas, nacionalista, xenófobas e misóginas que existem na extrema-direita,
nos novos totalitarismos.
Já os trígonos de Mercúrio (e de
Marte, embora já por pouco tempo) em Balança a Úrano em Gémeos e a Plutão em
Aquário trazem, sob os desígnios da providência e da necessidade, toda uma
proposta de transformação da palavra, do discurso e do conhecimento. Porém,
devido à retrogradação de Úrano e de Plutão, este é o gérmen de uma criação que
pode florescer nuns e desaparecer noutros ou nunca sequer existir, ficando como
mera potencialidade não efectivada. Este grande trígono não deixa de ser o
vendaval do Anjo da História que coloca o humano e o seu carácter sob
avaliação.
A semelhança do que se referiu no eclipse lunar, o
trígono entre Júpiter exaltado em Caranguejo e Saturno em Peixes que traz
consigo a dádiva da Água. Curiosamente, nos tempos líquidos que vivemos essa é
uma dádiva frequentemente desvalorizada. As sociedades actuais e a natureza
humana expressam hoje muito mais os espectros do criar (Terra), do pensar (Ar)
e do agir (Fogo) que os do sentir (Água). Os sentimentos e a intuição, o amor e
a fé como via de sabedoria, perdem-se no frenesim dos dias e na superficialidade
das relações. A retrogradação de Saturno e o seu derradeiro estágio no signo de
Peixes é uma proposta de sentido profundo onde a dádiva da Água será veículo de
transformação.
A Vénus em Virgem, unindo-se hexagonalmente a Júpiter em
Caranguejo, quadrangularmente a Úrano em Gémeos e opondo-se a Saturno em
Peixes, relembra-nos o verso de Séneca que “não
há caminho fácil da terra até às estrelas” (Hercules Furens 437: non est ad astra mollis e terris via). Vénus, neste lugar,
traz consigo a lição de Pigmalião e os perigos do ideal de perfeição sem
humanidade, porque se apenas divino é perfeito, mas sem humanamente divino
contrasta com o ideal os espectros de luz e sombra que caracterizam a
humanidade. Nós devemos aprender a ser humanos. A perfeição no amor está no
gesto e no cuidado, não no ideal. Colhemos a dádiva do bem onde ele existe.
O
sextil entre os benéficos mostra como a acção humana, fruto do seu carácter,
nos coloca entre o reconhecimento da origem, do que lá existia e a perfeição
que é a realização do amor, não como finalidade, mas como viagem. Já quadratura
entre Vénus em Virgem e Úrano em Gémeos vem destruturar a rigidez das
estruturas comunicacionais e transformar os ideais de beleza e perfeição. Este
encontro entre os signos regidos por Mercúrio será um marco de revolução nas
próximas semanas. A oposição Vénus-Saturno, no eixo Virgem-Peixes, firma a
ponte, o elemento de passagem, entre o amor e o tempo, entre o amor e o
destino, ou seja, a roda gira mesmo para os amantes e por a roda girar existe
amor.
O
eclipse solar de dia 21 apresenta, como vimos, uma proposta de sentido que se estenderá
pelos próximos tempos, marcando com transformação, em especial, os signos da
cruz mutável, sobretudo aquando de presença planetárias temporalmente mais
extensas. Nos próximos eclipses da série Saros 154, a significação do actual
eclipse será recuperada, pois existem elementos de sentido que ainda se estão a
formar e que se irão relacionar com outras efemérides. Desta forma, entre a luz
e a sombra, o lugar onde colocámos as sementes da nossa humanidade será
determinante e marcará o nosso futuro.
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