sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Desenhar o Corpo Humano (Poesia)

Da Vinci, Leonardo, Estudo das Mãos, c. 1474.
Windsor: Royal Library.
Desenhar o Corpo Humano

Não nem lápis ou carvão
Nem pincel ou pigmento
Nem martelo ou cinzel
Virgem a tela despida
Frio o mármore casto
E apenas com o aparo
E aquele fluído índigo
Se cria a forma informe
Sugerida por símbolos
E conformados sinais
Com traços de alfabeto
E sombras de metáfora
Seguindo sós e textuantes
Esses sulcos de tinta
Na folha alba plantados
Sem rosto ou corpo
Da mão poética gerado
O desenho do corpo humano

08/07/2018 RMdF

sexta-feira, 13 de julho de 2018

Biblioteca I: Dorian Gieseler Greenbaum, The Daimon in Hellenistic Astrology

Apresento aqui algumas sugestões para uma biblioteca astrológica. Contudo, como critério de coerência, não irei apresentar nenhum livro que não tenha lido. O objectivo é sobretudo apresentar títulos que permitam aprofundar os conhecimentos astrológicos e que, por norma, não sejam os mais comuns. Um dos piores erros em que pode cair um astrólogo é cingir-se ao superficial e cair no lugar-comum e na frase-feita. Deve-se portanto procurar como se nunca nada se encontrasse. Um livro lido deve assim servir de ponte para o seguinte.


Greenbaum, Dorian Gieseler, The Daimon in Hellenistic Astrology: Origins and Influence.
Leiden e Boston: Brill, 2015.
ISBN: 978-90-04-30621-9
Páginas: 574
Preço: 190.00 €


Comentário

Este livro reproduz a tese de doutoramento da autora, apresentada ao Instituto Warburg da Universidade de Londres. O conceito de daimon (daímōn) serve de base para toda a investigação. Ora este termo, bem como o de týchē, fortuna, como demonstra Greenbaum, estão na origem de alguns dos mais relevantes conceitos astrológicos, como por exemplo as casas V, VI, XI e XII e as partes da fortuna e do espírito. Greenbaum usa em epígrafe inicial o fragmento de Heraclito que serve de mote para toda a conceptualização em torno da palavra daimon: ēthosἦanthrópōi daímōn (O carácter é para o ser humano o seu destino). O termo daímōn surge aqui como indicador do destino, o que está em sintonia com seu significado primordial de demiurgo, de ser intermediário. 

Na primeira parte do livro, Greenbaum explora os conceitos de daímōn e de týchē enquanto representações culturais, religiosas e filosóficas e, recorrendo a um vasto número de fontes antigas, com especial destaque para Plutarco e Vétio Valente, analisa a relação entre os dois termos. Ora dessa relação nascem dois princípios duais: Agathós Daímōn e Agathē Týchē, de um lado, e Kakós Daímōn e Kakē Týchē, do outro. Estes princípios estão na génese das casas V e XI e VI e XII e da sua atribuição quer aos benéficos, Vénus e Júpiter, quer aos maléficos, Marte e Saturno. Estes dois conceitos, de extrema importância sobretudo no período helenista, foram como alicerces para a criação do sistema astrológico tal como o conhecemos. A astrologia foi sobretudo uma criação egípcia de matriz grega, tendo como suporte astronómico a evolução científica em torno da herança babilónica. A divisão da eclíptica, enquanto modelo conceptual, em casas, decanatos, termos, dodecatemoria ou monomoiria e as relações geométricas e simbólicas que resultam da presença dos planetas nesse modelo são um produto do helenismo alexandrino. As concepções filosóficas e religiosas em torno das ideias de daímōn e de týchē foram acolhidas pela astrologia que, por sua vez, renovou as suas significações.

Na segundo parte, é abordada a natureza do conceito de daimon enquanto mediador. A relação com a esfera divina traduz-se numa análise do neoplatonismo, do gnosticismo e mitraísmo, passado naturalmente pela noção do daimon pessoal. Nesta parte, aborda-se também a presença da ideia de daimon nos papiros mágicos e no corpus hermeticum ou hermetica. Aquando desta última fonte, Greenbaum firma nas estrelas  o nascimento dos daimones, o que está em estreita ligação com os últimos capítulos desta parte. O estudo em torno dos decanatos mostra o sentido profundo deste conceito astrológico que deve mais aos decanos egípcios que à ideia limitada de faces. Greenbaum analisa a forma como os vários autores antigos abordam este tema. A tradição que vai Teucro de Babilónia até Heféstion de Tebas, chegando até Cosme de Jerusalém, é fundamental para que a astrologia contemporânea construa uma teoria dos decanatos que se funde para além dos períodos de dez graus e das regências planetárias. Este parte termina com a análise da obra de Porfírio, em especial, no que à noção de oikeîos daímōn (daimon pessoal) concerne. Esta ideia permite o sentido astrológico que une a individualidade ao destino.

Na terceira parte, Greenbaum estuda a relação de daimon com as partes astrológicas, klēroi. Estas são, segundas as palavras da própria autora, uma das principais técnicas da astrologia helenista. Ao ler-se esta terceira parte, ninguém voltaria a designar as partes por partes arábicas. A parte da fortuna ou roda da fortuna,  como hoje a designamos, é em grego týchē e a parte do espírito é o daímōn. Estas duas partes, como representantes do Lua e do Sol, estão na origem do cálculo das outras partes, quer seja elas a pouco conhecida parte da base ou fundação (básis), as partes herméticas ou planetárias de Paulo de Alexandria ou as partes de Eros e da Necessidade de Vétio Valente. Segundo a tradição, as partes teriam sido criados por Hermes e passadas a Nechepso e Petosíris. A razão que origina as partes é mesma que se inscreve no procura da duração da vida. Greenbaum analisa, com erudição, os vários testemunhos e teorias sobre esta profunda relação entre as partes e a vida. O leitor pode, sem esforço, perceber que as partes são um importante legado da astrologia helenista e que têm uma aplicação mais integrada na linguagem astrológica que o uso que posteriormente lhe foi concedido. 

Nos apêndices, encontramos, numa primeira parte, uma síntese dos elementos da astrologia helenista e, numa segunda, a apresentação das principais fontes e das respectivas traduções. O livro de Greenbaum é um importante contributo para a dignidade da astrologia enquanto forma de conhecimento e é também a prova de que astrologia pode e deve ser estudada em meios académicos. Para o leitor menos familiarizado com a cultura clássica, a leitura pode ser um pouco densa, mas o que se ganha compensa o esforço. Este livro será sempre uma valiosa aquisição para uma biblioteca astrológica, seja ela física ou digital.

sexta-feira, 6 de julho de 2018

A Justiça que permeia o Mundo

A Justiça
Tarot Rider-Waite

A Justiça é a eterna lei do equilíbrio e da harmonia que está guardada no centro da criação, no lugar onde o intelecto tudo vigia. 

A Justiça é o princípio que une a alma do mundo, o macrocosmo, ao humano, o microcosmo, que é a sua imagem e representação.

A Justiça é aquela força primordial que tudo domina e que tanto pode ser chamada de destino como de providência.

A Justiça é a eterna lei que conjuga a Vontade com a Providência, concedendo ao humano o dilema de dar liberdade ao destino.

A Justiça é o princípio universal da justa medida que, no universo, na natureza e no humano, balanceia o potencial e a acção.

A Justiça é aquela verdade que quando não é uma abstracção, torna-se naturalmente a unidade espiritual do perdão.

A Justiça é, para o ser humano, o equilíbrio entre o dom e o esforço, o mistério que permite o casamento do céu com a terra. 

quarta-feira, 20 de junho de 2018

Um Fragmento Astrológico de Óstraca (Poesia)

Óstracon Demótico
(O. Chicago M. H. 3377)

Um Fragmento Astrológico de Óstraca

Num estilhaço se gravam
As estrelas e o destino
Num acidente de oleiro
Se cinge um futuro
Escrito no barro quebrado
Não se perde o papiro
Na sorte do comum
E abreviando se guarda
Uma vida inteira


19/05/2018 RMdF


Fonte da Imagem: Neugebauer, O., Demotic Horoscopes in Jounal of the American Oriental Society, Vol. 63, Nº 2, 1943, pp. 115-127

terça-feira, 19 de junho de 2018

As Asas do Anjo da História (Poesia)

Klee, Paul, Angelus Novos, 1920.

As Asas do Anjo da História 

E como um tornado de luz
Ou redemoinho de sombra
Tanto o humano seduz
Como o povo assombra
Sem seu trilho ou paisagem
A história é cinza ou poeira
Ora vestígio ora miragem
Pra quem vence soalheira
Dos vencidos sombra extensa
Dos escribas mais que alegoria
Outros julga e de si não pensa
Mas de ninguém os pecados expia

E como memória ou vendaval
Assim segue o anjo a sua via
Como vivente não se torna actual
E no seu coro ou seguia ou caia
Sem sua vontade o vento avança
Ora com força ora com graça 
Das asas vem toda a esperança 
E do humano se afasta a barcaça 
Sobre os estilhaços não há morte
Com o progresso tudo é passagem
É a fé de quem nos dados tira a sorte
Dos outros não deixa de ser viagem

Assim vai o anjo da história 
Assim chega o vendaval
Para o humano sombra ou glória
Da humanidade um outro mal

13/05/2018 RMdF

segunda-feira, 18 de junho de 2018

Os Fragmentos são Poeira

Fuseli, John Henry, The Artist Moved by
the Grandeur of Antique Fragments
, 1778-79.

A actualidade é estar no tempo sem ser tempo, é soprar para longe as fagulhas da história e inspirá-las quando o vendaval as devolve. Viver a actualidade é como caminhar numa ponte sem lugar sobre o abismo da memória, sem olhar para o sol que cega, para a luz divina.

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A hipótese do nada é sempre melhor que a pretensão do todo, pois a hipótese alberga o seu contrário e a pretensão tem por por hábito negar tudo o que está para além de si. Nessa arrogância da certeza, acaba sempre na ignorância.

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Não foram os grilhões que mataram o feminino, foi a vergonha. Aqueles que o calcaram, pisando a luz e a aura, destruíram a harmonia dos opostos.

&

O livro que vive no tempo é aquele cujo desfolhar permanece na frequência do acaso. Sem sentido, encontra-se o único sentido e por livre vontade firmamos-nos no não-lido, no vislumbre de uma palavra solta.

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O mistério segreda a luz, o enigma solve e resolve.

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A guerra é essa força que ignorante avança e destrói e oprime, negando a palavra e o texto. A guerra nem sempre é armada, por vezes, serve-se apenas da intolerância.

&

A actualidade é o presente a validar o passado, é um abeirar-se das suas ruínas, um acto que se estende no tempo, no limiar do abismo.

&

Os mitos não morrem, adormecem, repousam entre o sonho e a imaginação, à espera de um novo despertar. O mito não teme a razão, mas sim um longo esquecimento, um sono profundo.


&


Quanto maior a sabedoria, maior será a tormenta. E a tormenta é a via única para a felicidade. Já a ignorância conduz à dormência e a dormência é o caminho para o prazer, pois este luta contra outra, embora sem nunca a vencer.

&

A arrogância e a vaidade intelectual desejam a sabedoria, mas deitam-se sempre com a ignorância.


Fragmentos Escrito entre 2017 e 2018 RMdF

sexta-feira, 11 de maio de 2018

Os 7 Sistemas de Termos da Astrologia Antiga (7): Yavanajātaka



   A tabela de Sphujidhava é, segundo Pingree, a mais simples e, embora não exista registo dela no ocidente, deriva de fontes egípcias e gregas (1976, II: 216). Este defende também que todos os autores indianos seguiram este modelo, indicando-nos as seguintes referências: Mīnarāja, 1, 22-23; Satya, citado por Utpala em Brhajjātaka, 1, 7; Parāśara, Pūrvakhanda, 3, 5; Varāhamihira, Brhajjātaha, 1, 7 e Laghujātaka, 1, 10; Kalyānavarman, 3, 20; Vidyānavarman, 3, 20; Vidyāmādhava, 1, 17; Gunākara, 1, 18; Jyotishprakāśa, citado em Jyotirnibandha, p. 59; Pseudo-Prthuyaśas, 1, 19; Vaidyanātha, 1, 13; e Mantreśvara, 1, 19. Pingree estabelece, desta forma, uma tradição em torno deste sistema de termos. Ora esta ideia está intimamente relacionada com o valor que este atribui ao Yavanajātaka, considerando-o o texto sânscrito da união dos conhecimentos astronómicos e astrológicos da cultura greco-egípcia e indiana-védica mais antigo. 

   Na edição de Pingree, baseando-se sobretudo na informação do cólofon, os últimos três versos do Capítulo 79, denominado Horāvidhih, concluiu-se que o Yavanajātaka, ou seja, A Horoscopia dos Gregos, era uma versificação de Sphujidhvaja de uma tradução em prosa de Yavaneśvara de um texto grego, provavelmente alexandrino. A versão de Sphujidhvaja dataria de 269/270 E.C. e a tradução de Yavaneśvara seria de 149/150 E.C (1976, I: 3). Convém antes de mais referir que o termo Yavana, que está na base do título da obra e do nome do tradutor original, designa grego, num sentido etimológico próximo de iónico. Pingree defende também que Yavaneśvara e Sphujidhvaja, designados pelo título rājā, eram homens que exerceram alguma forma de poder nas colónias gregas nos domínios de Kshatrapas Ocidental. Os Śakas ocidentais, embora tenham uma origem indo-cita, foram contaminados, como aliás foi todo a área geográfica entre a Macedónia e a Índia, pelo império de Alexandre Magno e a cultura grega. Ora essa influência estendeu-se no tempo. Pingree afirma inclusive o Jyotisha deriva dos conhecimentos do império aqueménida e, posteriormente, dos do império de Alexandre (1973: 1-13). 

   O Jyotisha (astronomia/astrologia) é um dos seis vedangas, ou seja, das seis disciplinas que auxiliam o estudo e a compreensão dos Vedas, sendo as outras Shiksha (fonética), Chandas (prosódia), Vyākarana (gramática), Nirukta (etimologia) e Kalpa (instruções rituais). Dentro do Jyotisha existem, por sua vez, três ramos (skandhas): horaśkandha, horoscopia; samhitā, astromancia, semelhante à do Enūma Anu Enlil sumério; e ganita, teoria astronómica de origens greco-babilónicas e desenvolvidas pelas obras astronómicas do tempo de al-Bīrūnī (Pingree 1978, I: 5). No entanto, seria errado concluir que o Jyotisha deriva exclusivamente de fontes externas. A cultura indiana exerce, por seu lado, um influência predominante, como aliás o próprio Pingree reconhece. Estas relações são contudo importantes para demonstrar que o conhecimento, neste caso o conhecimento astrológico, não pode ser compartimentado de forma separá-lo do seu todo, pois deve ser sempre considerada a interacção entre os povos e a transmissão cultural. Não podemos portanto concluir que o desenvolvimento da astrologia se deve apenas uma herança ou uma raiz, daí que a integração histórica das doutrinas astrológicas seja tão importante. 

   Desde os anos 70 que a edição de Pingree tem sido a referência para o estudo do Yavanajātaka, todavia, a análise das suas fontes, um microfilme do manuscrito Kathmandu I 1180, conhecido por N, escrito em folhas de palmeira no início do Século XIII, tem levado algumas questões. Bill Mak, através de Michio Yano, tomou conhecimento de um manuscrito alternativo do Yavanajātaka que põe em causa as conclusões de Pingree a partir do cólofon (2013: 4). Segundo Mak, Pingree baseou-se num microfilme de má qualidade de um manuscrito bastante danificado, o que o levou por diversas a extrapolar a interpretação textual. Ora o novo manuscrito nepalês, identificado como Q, permite retirar outras conclusões. No que à datação diz respeito, Mak defende que a composição de Yavanajātaka se situa entre 22 E.C. e o início do século VI, sendo, todavia, provavelmente, dos séculos IV a VI (2014: 1104). Face a esta datação, a progenitura do Yavanajātaka de outras obras posteriores Jyotisha torna-se assim questionável. Mak afirma inclusive que o Vrddhayāvanajātaka de Mīnarāja é anterior ao Yavanajātaka, dado que Pingree, que o colocou no século IV, traduziu o prefixo vrddha como aumentado e não como antigo (2014: 1103). É também de notar que a obra do erudito Varāhamihira, Brihajjātakam, do século VI, não revela qualquer conhecimento do Yavanajātaka, pondendo-se pois especular que a circulação do texto seria muito limitada e que só depois de Varāhamihira é que se expandiu. Por outro lado, Mak duvida da tese dos dois autores e acredita que possam ser apenas um (2013: 16), pois refere que Bhāskara, no seu comentário ao Āryabhatīya, cita duas verso 55 e atribui-o a Sphujidhvajayavaneśvara e que Utpala, em todas as citações do Yavanajātaka, designa Yavaneśra como seu autor (2013: 16, n.43). 

   O aspecto é mais relevante, seja qual for a datação ou qualquer que seja o autor, é que o Yavanajātaka, bem como as outras obras similares, demonstra a influência greco-egípcia na astrologia indiana, particularmente no que concerne aos termos. O sistema descrito pelo Yavanajātaka é também um reflexo dos princípios fundamentais que regem todos os sistemas. No entanto, neste caso, a sua base conceptual ou teórica sustenta-se na distinção entre signos ímpares e pares, masculinos e femininos. A distribuição dos termos é constante, variando apenas segundo essa distinção formal. Naturalmente, não existe neste modelo uma preocupação com os totais planetários. Acerca deste sistema, o Yavanajātaka, na edição de Pingree que é a única de que dispomos e sendo o mais fiel possível à tradução inglesa, diz o seguinte: "Nos signos ímpares, cinco graus (constituem os termos) de Marte, cinco (os) de Saturno, oito (os) de Júpiter, sete (os) de Mercúrio e cinco (os) de Vénus; nos signos pares, a sua ordem é a inversa" (1, 42, Ed. Pingree, Vol. II, p. 4, trad. do inglês). Observa-se portanto uma valorização de Júpiter e do conjunto central de termos, contrariando o imperativo dos primeiros termos. Mercúrio também sai reforçado em número de graus. Por outro lado, Vénus tem aqui a sua qualidade de benéfico algo diminuída. Já os maléficos dominam os primeiros dez graus nos signos masculinos e os últimos dez, nos signos femininos. Em resumo, este modelo, à semelhança daqueles que seguem as triplicidades, apresenta uma grande coerência formal, mas não o potencial do sistema egípcio e do sistema ptolemaico.