segunda-feira, 21 de outubro de 2013

O Feminino em Imagem - VII (A Dama e o Unicórnio)


Anónimo, Tapeçarias A Dama e o Unicórnio, Visão, c.1500.
Paris: Museu de Cluny (actual Museu Nacional da Idade Média). 

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

O Feminino em Imagem - VI (Vénus)


François Boucher, O Nascimento de Vénus, 1740. Estocolmo: Museu Nacional.  

A Grande Mãe



" - A Grande Mãe é chamada de vários nomes por muitos homens. Porém, para todos eles, é a Grande Deusa - espaço, terra e água. Como espaço é chamada Éia, pai dos deuses que a fizeram; ela é mais velha que os tempos; é a matriz da matéria, a indiferenciada e pura substância-raiz de toda a existência. Ela também é Binah, a Mãe Supernal, que recebeu Chokmah, o Pai Superno. É a doadora da forma à força amorfa por meio da qual ela pode construir. Também traz a morte, pois o que tem forma precisa de morrer, esgotar-se, a fim de que possa nascer de novo para uma vida mais realizada. Tudo o que nasce deve morrer, mas tudo o que morre deve renascer. Portanto, ela é chamada Marah, a Amarga, Nossa Senhora das Tristezas, pois traz a morte. De forma análoga, é chamada de Géia, pois ela é a mais antiga terra, a primeira forma do amorfo. A Grande Mãe é todas elas e nela elas são vistas, e o que desta forma é de sua natureza, reage a ela que pode exercer o domínio. Suas marés são as suas marés, seus caminhos são os seus caminhos e quem conhecer uma coisa conhece a outra.
   - Tudo quanto surgir do nada, ela oferece. Tudo o que submergir no nada, ela recebe. Ela é o Grande Mar de onde surge a vida, o mar ao qual tudo deve retornar no fim da eternidade.
   - Dentro do Grande Mar nós nos banhamos no sono, mergulhando nas profundezas primordiais, voltando às coisas esquecidas antes da existência do tempo. E a alma é renovada ao toque da Grande Mãe. Quem não puder retornar desta maneira ao primordial não tem raízes na vida, e murcha como grama. Estes são os vivos-mortos, os órfãos da Grande Mãe."

Fortune, Dion, A Sacerdotisa do Mar, pp. 216-7. Tradução Zilda Hutchinson Schild. São Paulo: Editora Pensamento, 2ª Edição, 1992.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

O Feminino em Imagem - V (No Reino de Cupido)


William-Adolphe Bouguereau, Invadindo o Reino de Cupido, 1893. Colecção Privada.

O Feminino em Imagem - IV (Leda e o Cisne)


Corregio, Leda e o Cisne, 1531(Cópia Eugenio Cajés). Madrid: Museu do Prado.

Eros e Psique



Antonio Canova, Eros e Psique, 1786-93. Paris: Museu do Louvre.

Luz sobre o Caminho



"Cada homem é para si próprio, em absoluto, o caminho, a verdade, e a vida. Mas é-o apenas quando firmemente toma posse da sua individualidade e pela força da sua vontade espiritual desperta reconhece essa individualidade como sendo, não o seu próprio ser, mas aquela coisa que com dor criou para seu uso por meio da qual se propõe, à medida que o seu progresso se reflecte na sua inteligência, atingir a vida além da individualidade. Quando ele reconhece que para isto existe a sua estranha vida completa e separada, e então, e só então, ele está no caminho. Procurai-o aprofundando os abismos misteriosos e gloriosos do vosso próprio ser mais íntimo. Procurai-o pondo à prova toda a experiência, utilizando os sentidos para compreender o crescimento e a significação da individualidade e a beleza e obscuridade desses outros fragmentos divinos que lutam a vosso lado, e constituem a raça a que pertenceis. Procurai-o pelo estudo das leis do ser, das leis da natureza, das leis do sobrenatural; e procurai-o pela profunda genuflexão da alma à pálida estrela que brilha dentro de vós. Pouco a pouco, à medida que velais e adorais, a sua luz tornar-se-á mais forte. Então podereis saber que achaste o princípio do caminho."


Collins, Mabel, Luz sobre o Caminho, p.15. Tradução Fernando Pessoa. Lisboa: Assírio & Alvim, 2002.