quinta-feira, 30 de abril de 2020

Desfeita Ilusão (Poesia)

Delacroix, Eugène, Hamlet and Horatio in the Graveyard, 1839. 
Paris: Musée du Louvre. 
https://www.wga.hu/




Desfeita Ilusão

Por terra a sebe alta
Os castelos de vidro 
De etéreos demónios 
Os firmados artífices 
Pastores de ilusões 
Por hora esquecidos 


11 de Março de 2020 
RMdF

quarta-feira, 29 de abril de 2020

As Origens Gregas da Astrologia: Exemplo Textual


Pingree, D., 1997, From Astral Omens to Astrology - From Babylon to Bīkāner, 21-22.

The science of astrology was developed in, most probably, the late 2nd or early 1st century B.C. as a mean to predict, from horoscopic themata draw up for the moment of an individual’s birth (or conception), the fate of that native. This form of astrology, called genethlialogy, is rooted in Aristotelian physics and Hellenistic astronomy, but also borrowed much from Mesopotamia and some elements from Egypt as well as developing many theories of its own. The adaptation of this form of astrology to determine the best time for initiating actions is termed catarchic astrology. These are the two main forms of astrology known in the West; interrogational astrology was developed in India in the 2nd and 3rd centuries A.D. on the basis of Greek catarchic astrology, and historical astrology in Sasanian Iran in perhaps the 5th or 6th century A.D. on the basis of continuous forms of Greek genethlialogy All of these types of astrology depend on the notion that the planets, in their eternal rotations about the earth, transmit motion (change) to the four elements and to the assemblages of elements, animate and inanimate, in the sublunar world. This theory is completely different from that of celestial omens, in which the gods, whose physical manifestations are the constellations and planets, send messages concerning their intentions regarding kings and countries by means of celestial phenomena. That these divine intentions con be altered by the use of propitiatory rituals (namburhis in Mesopotamia, śāntis in India) emphasizes the fundamental conceptual difference between omens and astrology.




Pingree, D., 1997, From Astral Omens to Astrology - From Babylon to Bīkāner. Roma: Istituto Italiano per L'Africa e L'Oriente.

terça-feira, 28 de abril de 2020

Solitude (Poesia)

Bassetti, Marcantonio, St Antony Reading, s/d. 
Verona: Museo di Castelvecchio. 
https://www.wga.hu/



Solitude

Não encontrás caminhando
Fora de ti nas vastas terras 
O que ausente permanece 
Busca sem o passo inquieto 
Centrado no eixo de Sophia 
E ensimesmado descobrirás 
Como se fosse um tesouro 
O silêncio que tanto evitaste 


14 de Março de 2020
RMdF

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Cisne (Poesia)

Cignaroli, Giambettino, Leda and the Swan, s/d.
Colecção Privada
https://www.wga.hu/




Cisne


Arensado o lago a regina ave
De asas erguidas a natureza


30 de Janeiro de 2020 
RMdF

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Consulta de Tarot – 3 Questões Concretas (Consulta à Distância)

Consulta de Tarot
3 Questões Concretas 


É a consulta ideal para quem tem um problema específico ou se algum aspecto da sua vida precisa de orientação, pois é mais económica que uma consulta completa.


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O Cavaleiro / Príncipe de Espadas ou Aquele cuja Impetuosidade determina a Vitória ou a Ruína

O Cavaleiro/Príncipe de Espadas
Tarot Rider-Waite

O Cavaleiro / Príncipe de Espadas é aquele cuja Impetuosidade determina a vitória ou a ruína, é o ímpeto de uma bravura sem limite, mas que deve porém aprender a centrar-se, a resistir.

quarta-feira, 22 de abril de 2020

O Cavaleiro / Príncipe de Copas ou Aquele cuja Idealização anima o Caminho

O Cavaleiro/Príncipe de Copas
Tarot Rider-Waite

O Cavaleiro / Príncipe de Copas é aquele cuja Idealização anima o caminho, que chega, qual mensageiro, com uma proposta, um convite, mas deve porém dar realidade à imaginação.

terça-feira, 21 de abril de 2020

A Astrologia Política e a Polémica em torno da Grande Conjunção: Exemplo Textual


Hübner, W., 2014, "The Culture of Astrology from Ancient to Renaissance" in A Companion to Astrology in The Renaissance, ed. B. Dooley, 29-31.


   Political astrology was dominated by the special lore of conjunctionalism, which was first established by the Arabian astrologers Al-Kindi, Māšaʿallāh (Mashallah) and Abū Maʿšar. About every twenty years a “great conjunction” takes place between the two slowest planets (as known in that time), aturn und Jupiter, and people observed in particular the quality of the zodiacal sign where the conjunction occurred. Astrologers believed that the order of conjunctions determined the succession of political rulership as well as of world religions. Christianity for instance was favored by the conjunction of Jupiter and Mercury because the Son of God was identified with the pagan Ἑρμῆς λόγιος. With regard to the zodiac this was supported by his daily “house,” Virgo, identified with Maria. Thus the great importance attributed in literature and painting to the first decan of Virgo (first third of a sign, in this case Virgo 1°–10°), which Abū Maʿšar describes as a figure of maiden nursing a child whom some call Jesus.

   Conjunctionalism was forbidden in Paris and Oxford in 1277 and was still being combated in the 14th century by the German rector of the Sorbonne, Heinrich von Langenstein, in his writing Contra astrologos coniunctionistas de eventibus futurorum (1371). But this did not hinder its enormous persistence. To give some examples: On the 16th of September 1186 almost all planets came together in Libra, and this was interpreted as an ill omen for the conquest of Jerusalem by the Egyptian sultan Saladin in 1187. The great conjunction in Scorpio on the 25th of November of the “annus mirabilis” 1484 was thought to be related both to the outbreak of the Syphilis in Europe and to Martin Luther’s nativity as well, whereas the conjunction of all three exterior planets in Cancer in the transit from the year 1503 to 1504 was related to the death of pope Alexander VI. Six planets joined in Pisces in February 1524. Now, Pisces concludes the zodiac and the triplicity of water, which is formed only by beings very different from human shape (Crab – Scorpion – Fish), so it has a special affinity to the element of water. No less than 56 authors in 133 conserved writings predicted, a great flood for that year—but the flood did not come. In May 1583 however, Saturn and Jupiter joined once again in Pisces, so once more astrologers announced an accident caused by water for the year 1588, and in this case the prediction was fulfilled actually by the destruction of the Spanish Armada.





Hübner, W., 2014, "The Culture of Astrology from Ancient to Renaissance" in A Companion to Astrology in The Renaissance, ed. B. Dooley, 17-58. Leiden/ Boston: Brill




Consciência (Poesia)

Boucher, François, The Rising of the Sun, 1753. 
London: Wallace Collection. 
https://www.wga.hu/



Consciência 


Vento e vertigem 
Vislumbre de hoje 
Abismo de ontem 
De Cintereia lume 
De Sileno sombra 
Humana margem 


24 de Fevereiro de 2020 
RMdF

segunda-feira, 20 de abril de 2020

Kaíros (Poesia)

Bor, Paulus, Ariadne, 1630-35,
Pznan, Muzeum Narodowe
https://www.wga.hu/



Kaíros


Ancorado o ser no tempo
Da humana possibilidade
Seguindo a electiva hora


16/02/2020
RMdF

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Consultas: Cheque Oferta


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O Cavaleiro / Príncipe de Ouros ou Aquele cuja Responsabilidade impõe a Rectidão

O Cavaleiro/Príncipe de Ouros
Tarot Rider-Waite

O Cavaleiro / Príncipe de Ouros é aquele cuja Responsabilidade impõe a rectidão no caminho, mesmo que se torne lento e paciente, deve porém evitar um movimento inerte e estagnado.

quarta-feira, 15 de abril de 2020

O Valete / Princesa de Paus ou Aquele cuja Confiança potencia a Descoberta do Mundo

O Valete / Princesa de Paus
Tarot Rider-Waite

O Valete / Princesa de Paus é aquele cuja Confiança potencia a descoberta do mundo, logo é um mensageiro da liberdade e dos começos, mas também de confusão e indecisão.

Cavalo de Tróia (Poesia)

Tiepolo, Domenico, The Procession of the Trojan Horse in Troy, 1773.

Cavalo de Tróia


Arrastada a equina perdição
Recebia a cidade o seu fado
Findo o choque de falanges
E esgotado o bélico embate
Sai de cena a Divina Andreia
E entra a Astúcia a Quimera
Segue pois Príamo pesaroso
Da morte caído nobre Heitor
Esse divino logro de Odisseu
Oferta deles ao deus tridente
Funesta dádiva d'outro cheia
Que por o pórtico convidada
Traz da desmedida a queda

12/02/2020
RMdF

terça-feira, 14 de abril de 2020

O Valete / Princesa de Espadas ou Aquele cuja Destreza determina a Vigilância

O Valete / Princesa de Espadas
Tarot Rider-Waite

O Valete / Princesa de Espadas é aquele cuja Destreza determina a vigilância e a inquirição, é assim um mensageiro de crítica e de conflito, mas também de observação e superficialidade. 

quarta-feira, 8 de abril de 2020

O Valete / Princesa de Copas ou Aquele cuja Sensibilidade traduz a Alegria a Viver

O Valete / Princesa de Copas
Tarot Rider-Waite

O Valete / Princesa de Copas é aquele cuja Sensibilidade traduz a alegria de viver, a inocência, logo é um mensageiro do sonho e da fantasia, mas também do serviço e da aprendizagem.

terça-feira, 7 de abril de 2020

Consultas: Astrologia, Astrosofia e Tarot (Consultas à Distância)




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O Valete / Princesa de Ouros ou Aquele cujo Realismo impera sobre o Estudo e a Acção

O Valete / Princesa de Ouros
Tarot Rider-Waite

O Valete / Princesa de Ouros é aquele cujo Realismo impera sobre o estudo e a acção, sendo portanto um mensageiro da terra e da novidade, mas também daquilo que nasce e seduz.

sexta-feira, 3 de abril de 2020

O Dez de Paus ou a Opressão que é o Peso da Realidade

O Dez de Paus
Tarot Rider-Waite

O Dez de Paus diz-nos que a Opressão representa o peso da realidade, o esforço de carregar a carência e a abundância, os dons e os grilhões, é um sinal de esforço e perseverança.

quinta-feira, 2 de abril de 2020

O Dez de Espadas ou Ruína do Eu e da Realidade

O Dez de Espadas
Tarot Rider-Waite

O Dez de Espadas diz-nos que a Ruína é um símbolo de destruição, é a fragmentação do eu e da realidade, mas é também a possibilidade de se encontrar o valor entre os estilhaços.

Aretologia de Ísis de Cumas: Texto Grego e Tradução (Excerto)

Templo de Philae na Ilha Agilika (Wikipedia)

Aretologia de Ísis de Cumas

Séculos I AEC – I EC


1



5




10




15




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25




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45




50

§1 Δημτριος ρτεμιδρου κα Θρασας Μγνη[ς]
π Μαινδρου σιδι εχν·
§2 τδε γρφηι κ τς στλης τς ν Μμφει, τι-
ς στηκεν πρς τ φαιστιωι· §3a Εσις {σις} γ ε-
μι τραννος πσης χρας· §3b κα παιδεθην π[]
ρμο κα §3c γρμματα ερον μετ ρμο, τ τε ερ
κα τ δημσια γρμματα, να μ ν τος ατος
πντα γρφηται. §4 γ νμους νθρποις θμην,
κα νομοθτησα οθες δναται μεταθεναι.
§5 γ εμι Κρνου θυγτηρ πρεσβυττηι. §6 γ εμι γ[υ]-
ν κα δελφ σεριδος {σριδος} βασιλως. §7 γ εμι καρπν
νθρποις εροσα. §8 γ εμι μτηρ ρου βασιλως.
§9 γ εμι ν τ το Κυνς στρ πιτλλουσα. §10 γ
εμι παρ γυναιξ θες καλουμνη. §11 μο Βοβαστος
πλις κοδομθη. §12 γ χρισα γν πορανο.
§13 γ στρων δος δειξα. §14 γ λου κα σελνη[ς]
ποραν συνεταξμην. §15 γ θαλσσια ργα ερον. §16 -
γ τ δκαιον σχυρν ποησα. §17 γγυνακα καὶ ἄνδρα
συνγαγον. §18 γγυναικδεκαμηνιαον βρφος ες
φς ξενεγκεν ταξα. §19 γὼ ὑπτκνου γονες
νομοθτησα φιλοστοργσθαι. §20 γτος στρ-
γ<ω>ς γονεσιν διακειμνοις τειμω<ρ>αν πθηκα.
§21 γμεττοδελφοσριδος τς νθρωποφα-
γας παυσα. §22 γμυσεις νθρποις πδε[ι]-
ξα. §23 γὼ ἀγλματα θεν τειμν δδαξα. §24 γ
τεμνη θεν δρυσμην. §25 γτυρννων ρ-
χς κατλυσα. §26 γφνους παυσα. §27 γστρ-
γεσθαι γυνακας πὸ ἀνδρν νγκασα. §28 γ
τδκαιον σχυρτερον χρυσου καὶ ἀργυρου ποη-
σα. §29 γτὸ ἀληθς καλν νομο[θ]τησα νομζε[σ]-
θαι. §30 γσυνγραφς γαμικς ερον. §31 γδιαλκτους
λλησι καβαρβροις ταξα. §32 γτκαλν καασχρ[ν]
διαγεινσκεσθαι πτς Φσεως ποησα. §33 γ
ρκου φοβερτερον οθν ποησα. §34 γτν δκως
πιβουλεοντα λλοις {λλ} ποχεριον τπιβου-
[λ]ευομνπαρδωκα. §35 γτος δικα πρσσουσιν
τειμωραν πιτθημι. §36 γὼ ἱκτας λεν νομοθ[]-
τησα. §37 γτος δικαως μυνομνους τειμ. §38 π-
ρμοτδκαιον σχει. §39 γποταμν καὶ ἀνμων
[κ]αθαλσσης εμκυρα. §40 οθες δοξζεται νευ τς -
μς γνμης. §41 γεμι πολμου κυρα. §42 γκεραυ-
νοκυρα εμ. §43 γπρανω κακυμανω θλασσαν.
§44 γὼ ἐν τας τολου αγας εμ. §45 γπαρεδρεω τ
τολου πορείᾳ. §46 ὃ ἂν μοδξ, τοτο κατελετα[ι].
§47 μοπντπεκει. §48 γτος ν δεσμος λωι. §49 γ
ναυτιλας εμκυρα. §50 γτπλωτὰ ἄπλωτα ποι[]-
ταν μοδξ. §51 γπεριβλους πλεων κτισα. §52 -
γεμι Θεσμοφρος καλουμνη. §53 γν<>σσους {νσους} γ β[υ]-
[θ]ν ες φ<ς> νγαγον. §54 γὼ ὄμβρων εμκυρα. §55 γ
τὸ ἱμαρμνον νικ. §56 μοτεμαρμνον κοει.
§57 χαρε Αγυπτε θρψασμε.


Tradução

1



5





10





15






20




25





§1 Demétrio, filho de Artemidoro, também [conhecido por] Trásea, o Magnésio do Meandro, [entregou esta] prece a Ísis.
§2 Transcreveu o que se segue de uma estela em Mênfis que se erguia junto do templo de Hefesto.
§3a Eu sou Ísis, a rainha de toda a terra,
§3b e fui ensinada por Hermes e
§3c com Hermes inventei as letras, tanto as sagradas como as comuns, para que as coisas que existem não sejam escritas com as mesmas [letras].
§4 Eu estabeleci as leis para os seres humanos e ordenei-as para que ninguém as possa mudar.
§5 Eu sou a filha primogénita de Cronos
§6 Eu sou consorte e irmã do rei Osíris.
§7 Eu sou a que encontra o fruto da terra para os seres humanos.
§8 Eu sou a mãe do rei Hórus.
§9 Eu sou a que ascende na Estrela do Cão.
§10 Eu sou a que é chamada de deus pelas mulheres.
§11 Para mim foi construída a cidade de Bubástis.
§12 Eu separei a terra do céu.
§13 Eu revelei os caminhos das estrelas.
§14 Eu dispus do curso do Sol e da Lua.
§15 Eu inventei os negócios marítimos.
§16 Eu tornei forte o justo.
§17 Eu uni a mulher e o homem.
§18 Eu estabeleci para a mulher dar à luz o seu feto ao décimo mês.
§19 Eu determinei que os pais fossem amados [pelo filho] desde criança.
§20 Eu impus o castigo aos que não têm uma afeição natural pelos pais.
§21 Eu, com o [meu] irmão Osíris, terminei com o canibalismo.
§22 Eu revelei as iniciações.
§23 Eu ensinei a honrar as estátuas dos deuses.
§24 Eu consagrei os templos dos deuses.
§25 Eu acabei com o poder dos tiranos.
§26 Eu pus um fim aos homicídios.
§27 Eu obriguei as mulheres a serem amadas pelos homens.
§28 Eu tornei o justo mais forte do que o ouro e a prata.

              ....

Fim do Excerto


NOTA: A tradução da inscrição grega é da minha responsabilidade.



Bibliografia


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