O Cavaleiro / Príncipe de Espadas é aquele cuja Impetuosidade determina a vitória ou a ruína, é o ímpeto de uma bravura sem limite, mas que deve porém aprender a centrar-se, a resistir.
O Cavaleiro / Príncipe de Copas é aquele cuja Idealização anima o caminho, que chega, qual mensageiro, com uma proposta, um convite, mas deve porém dar realidade à imaginação.
O Cavaleiro / Príncipe de Ouros é aquele cuja Responsabilidade impõe a rectidão no caminho, mesmo que se torne lento e paciente, deve porém evitar um movimento inerte e estagnado.
O Valete / Princesa de Paus é aquele cuja Confiança potencia a descoberta do mundo, logo é um mensageiro da liberdade e dos começos, mas também de confusão e indecisão.
O Valete / Princesa de Espadas é aquele cuja Destreza determina a vigilância e a inquirição, é assim um mensageiro de crítica e de conflito, mas também de observação e superficialidade.
O Valete / Princesa de Copas é aquele cuja Sensibilidade traduz a alegria de viver, a inocência, logo é um mensageiro do sonho e da fantasia, mas também do serviço e da aprendizagem.
O Valete / Princesa de Ouros é aquele cujo Realismo impera sobre o estudo e a acção, sendo portanto um mensageiro da terra e da novidade, mas também daquilo que nasce e seduz.
O Dez de Paus diz-nos que a Opressão representa o peso da realidade, o esforço de carregar a carência e a abundância, os dons e os grilhões, é um sinal de esforço e perseverança.
O Dez de Espadas diz-nos que a Ruína é um símbolo de destruição, é a fragmentação do eu e da realidade, mas é também a possibilidade de se encontrar o valor entre os estilhaços.
O Dez de Copas diz-nos que a Felicidade é aquele estado de contentamento que traduz a humana perfeição, é a alegria e o prazer de viver, a satisfação de ver o propósito realizado.
O Dez de Ouros diz-nos que a Riqueza encontra o máximo no mínimo e torna o mínimo máximo, pois a abundância é tudo o que existe em plenitude, é a estabilidade da vida no tempo.
O Nove de Paus diz-nos que a Força é a vontade de vencer a adversidade, a realidade antagónica que se torna fortificação, mas é ainda a irreal certeza de que estamos cercados.
O Nove de Espadas diz-nos que o Desespero é um sinal extremo de desalento que pode transferir o caos interior para uma destruição exterior, transformando em dor a realidade.
O Nove de Copas diz-nos que a Satisfação indica a realização de um desejo, o contentamento de obter a realidade imaginada, assegurando para o futuro uma vantagem material.
O Nove de Ouros diz-nos que o Ganho é a aceitação da abundância do universo e a consciência de que tudo o que existe é de todos para todos, porque a prosperidade é uma dádiva.
O Oito de Paus diz-nos que o Movimento é o avanço e o recuo, a suspensão e o impulso, e que a sua aparente ausência é movimento também, dessa forma, a acção pode ser espera.
O Oito de Espadas diz-nos que a Interferência é uma prisão da vontade, são as amarras que impedem o caminho, tanto externas como internas, porém o rio segue o seu curso e tudo passará.