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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Portugal 2014: A Hora de Ser uma Mátria

"Mátria dos homens que levam no perfil
atravessada uma mulher de flores ao vento
como um olho dando para os intemporais
flancos que o Amor vai iluminando."

Natália Correia, "XIII - Fotões da cólera que a amorosa retina", vv. 5-8, Mátria (1968), Poesia Completa, p.299. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 3ª Edição, 2007.


"Que mátria implica «uma ligação sentimental à terra», de acordo. Mas não só isso. Representa, em sentido mais lato, um elo afectivo com a natureza do homem. Uma relação estabelecida pelo afecto e não pela persona social, vinculada ao princípio patrista e pátrio."

Natália Correia, "Pátria ou Mátria?", A Estrela de Cada Um, p.107. Lisboa: Parceria A. M. Pereira, 2004.


"Consumada que é a Pátria, falta dizer Mátria para que no tempo os amantes escrevam o nome da realidade unificante: Frátria."

Natália Correia, Espólio (D9), Biblioteca Nacional de Lisboa, citado em José Eduardo Franco e José Augusto Mourão, A Influência de Joaquim de Flora em Portugal e na Europa - Escritos de Natália Correia sobre a Utopia da Idade Feminina do Espírito Santo, p.229. Lisboa: Roma Editora, 2005.

Lima de Freitas, O Milagre das Rosas, Acrílico sobre Madeira, 1987.