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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Galadriel - A Senhora Branca de Lothlórien



Banda Sonora do Senhor dos Anéis, Galadriel - White Lady of Lothlórien (Nigthwish, Sleeping Sun).

O caso de Galadriel, tanto nos livros, como nos filmes, representa a tentação do poder e os perigos de consciência superior. Esta personagem feminina apresenta-se como uma figuração do Feminino, da Grande Deusa que, pela proximidade do poder do Mal, sente-se tentada, no entanto, resiste e mantém a sua condição. Este é o desafio de qualquer alma numa senda espiritual.


quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Eurínome: Deusa de Todas as Coisas e Origem das Sete Potências Planetárias


"No princípio, Eurínome, Deusa de Todas as Coisas, brotou nua do Caos, mas não vendo substância em redor onde firmar os pés, apartou do céu o mar, dançando solitária por sobre as suas ondas. Ao dançar para o sul, descobriu no vento, que se soltava para trás de si  e a cada passo seu, qualquer coisa de novo e distinto com que iniciar um acto de criação. Movendo-se, ondulante, estreitou nos braços esse vento norte, deixou-o deslizar-lhe por entre as mãos, e subitamente viu diante dela Ofião, a grande serpente. Eurínome dançava para aquecer-se, com tão selvático e crescente frenesi que fez Ofião, lúbrico de natureza, enrolar-se naqueles membros divinos, e tomado de desejo unir-se a ela. (...)
Depois ela tomou a forma de pomba e foi incubar por sobre a superfície das águas, e cumprindo-se o tempo, pôs o Ovo Universal. Por ordem dela se enrolou Ofião sete vezes em torno desse ovo, o qual se rompeu e dividiu em dois. Dele brotaram, desordenadamente, todas as coisas que existem e que são a prole dela: o sol, a lua, os planetas, as estrelas, a terra e as suas montanhas, seus rios, suas árvores, e todos os seres vivos.
(...)
A seguir, criou a deusa as sete potências planetárias, pondo à cabeça de cada uma dela um Titã e uma Titânide: Teia e Hiperião reinavam sobre o Sol; Febe e Atlas sobre a Lua; Dione e Crio sobre o planeta Marte; Métis e Ceos sobre Mercúrio; Témis e Eurimedonte sobre o planeta Júpiter; Tétis e Oceano sobre Vénus; Reia e Crono sobre Saturno. O primeiro homem, porém, foi Pelasgo, antepassado dos Pelasgos; nasceu do solo da Arcádia, e outros o seguiram, aos quais ensinou a construir cabanas, a nutrirem-se de glandes, e a coser túnicas de pele de porco, iguais às que usam as gentes pobres de Eubeia e da Fócida."

Robert Graves, Os Mitos Gregos, pp. 33-34. Tradução Fernanda Branco. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 3ª Edição, 2004.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

A Grande Mãe



" - A Grande Mãe é chamada de vários nomes por muitos homens. Porém, para todos eles, é a Grande Deusa - espaço, terra e água. Como espaço é chamada Éia, pai dos deuses que a fizeram; ela é mais velha que os tempos; é a matriz da matéria, a indiferenciada e pura substância-raiz de toda a existência. Ela também é Binah, a Mãe Supernal, que recebeu Chokmah, o Pai Superno. É a doadora da forma à força amorfa por meio da qual ela pode construir. Também traz a morte, pois o que tem forma precisa de morrer, esgotar-se, a fim de que possa nascer de novo para uma vida mais realizada. Tudo o que nasce deve morrer, mas tudo o que morre deve renascer. Portanto, ela é chamada Marah, a Amarga, Nossa Senhora das Tristezas, pois traz a morte. De forma análoga, é chamada de Géia, pois ela é a mais antiga terra, a primeira forma do amorfo. A Grande Mãe é todas elas e nela elas são vistas, e o que desta forma é de sua natureza, reage a ela que pode exercer o domínio. Suas marés são as suas marés, seus caminhos são os seus caminhos e quem conhecer uma coisa conhece a outra.
   - Tudo quanto surgir do nada, ela oferece. Tudo o que submergir no nada, ela recebe. Ela é o Grande Mar de onde surge a vida, o mar ao qual tudo deve retornar no fim da eternidade.
   - Dentro do Grande Mar nós nos banhamos no sono, mergulhando nas profundezas primordiais, voltando às coisas esquecidas antes da existência do tempo. E a alma é renovada ao toque da Grande Mãe. Quem não puder retornar desta maneira ao primordial não tem raízes na vida, e murcha como grama. Estes são os vivos-mortos, os órfãos da Grande Mãe."

Fortune, Dion, A Sacerdotisa do Mar, pp. 216-7. Tradução Zilda Hutchinson Schild. São Paulo: Editora Pensamento, 2ª Edição, 1992.