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segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Astrologia Electiva: Consulta


Astrologia Electiva

A Procura da Hora Certa


CONSULTA



Esteja onde estiver, agende uma consulta de Astrologia Electiva e conheça o momento ideal para uma qualquer acção ou evento. Com recurso às mais antigas técnicas astrológicas, por telefone, video-chamada, e-mail ou presencialmente, pode eleger o tempo certo para os principais acontecimentos da sua vida.

Com o recurso à Astrologia Electiva, pode, por exemplo, marcar a melhor data para um casamento, escolher o período ideal para engravidar, para criar uma empresa no momento mais favorável ou para  lançar um projecto no hora mais propícia.

Numa consulta de Astrologia Electiva, podemos ainda relacionar, se necessário, a procura da hora certa com o seu tema natal (Astrologia Natal ou Genetliacal) ou com o estudo do lugar do em se encontra ou onde um determinado acontecimento vai ocorrer (Astrocartografia).

Basta indicar-nos o que pretende saber, qual o momento ideal que quer conhecer, que nós apresentar-lhe-mos a informação astrológica necessária para um escolha esclarecida.  

Se precisar de alguma informação adicional, estou à vossa disposição. 


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terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Para uma Introdução à Obra Astrológica de Ibn Ezra



     Abraham ben Meir ibn Ezra foi um rabi e um sábio que terá nascido por volta de 1089, em Tuleda, e vivido uma parte da sua vida na Espanha Árabe. Nesse período, pôde receber a herança da Idade de Ouro Muçulmana, a qual teve como símbolo máximo a Casa da Sabedoria de Bagdade. Ibn Ezra viveu até cerca dos seus cinquenta anos sobretudo da poesia e da sua facilidade em estabelecer relações pluriculturais. Porém, deixou Espanha antes de se iniciar  a perseguição aos judeus, em 1149, pelo novo regime político Almóada. A partir desse momento, teve uma vida itinerante. Ora é nesse período que produziu a sua obra astrológica, a par da exegese e comentário do Pentateuco e das obras de gramática e poesia. Da obra poética, temos de destacar Tikun Leil Tet Be' Av Kinah, cujo manuscrito se encontra na Biblioteca Nacional de Portugal, tendo pertencido a António Ribeiro dos Santos e anteriormente a Frei Manuel do Cenáculo. Das noventa e seis elegias que constam no manuscrito, a última dedica-se à Tomada de Lisboa, em 1147, por Afonso Henriques. 

     Em termos filosóficos, que aliás serviram a sua obra astrológica, a universalidade de Ibn Ezra foi um dos principais eixos do seu pensamento, permitindo-lhe a conciliação entre tradição hebraica, árabe e cristã, sem que isso comprometesse a sua religiosidade. Ibn Ezra, embora tenho sido colocado por alguns como antecessor de Maimónides na tradição aristotélica judaica, a maioria tende a defini-lo como neoplatónico. Em alguns dos seus livros, encontramos uma influência pitagórica. Contudo, a sua obra não inclui textos estritamente filosóficos. As obras que se podem considerar mais filosóficas são duas composições poéticas, a primeira das quais uma alegoria: Hayy ben Meqitz e Arugat ha-Bosem. Porém, é na obra Yesod Mora que encontramos uma noção inovadora no pensamento teológico de Ibn Ezra: a salvação é um processo individual e não dependente da eleição de um povo. O individualismo escatológico de Ibn Ezra serve na só o seu pensamento transcultural, mas também o seu sistema astrológico. É esse aspecto que o leva defender que a prática astrológica é concordante com a vontade de Deus.

     A vida itinerante de Ibn Ezra levou-o à Terra Santa, ao Norte África, nomeadamente ao Egipto, a Roma, Lucca, Mântua, Verona, ao Sul de França, Narbonne e Béziers, no Norte, a Rouen, a Inglaterra, Londres e Oxford e, no fim da sua vida, de volta a Espanha, a Calahorra, na fronteira entre Navarra e a Catalunha. Foi nessas viagens que produziu a sua obra, em particular, a sua obra astrológica que foi concluída em Béziers, em 1148. Ora é devido à sua vida de sábio errante que nos chegaram vários manuscritos. A sua obra astrológica constituiria um conjunto enciclopédico que serviria de súmula de toda a arte. Desta forma, as nove obras que constituem o corpus astrologicum seriam entregues a pedido e daí existirem várias versões da mesma obra, tanto em hebraico como em latim. Essas obras foram traduzidas, destacando-se as traduções em francês antigo. 

     Ibn Ezra tinha como proposta astrológica a recuperação do sistema astronómico e astrológico de Ptolomeu. De facto, o Almagesto e o Tetrabiblos são como um espelho de fundo nos seus textos, todavia, em Ibn Ezra não temos um acesso directo a esses textos (sobre a recepção do Tetrabiblos leia-se os parágrafos iniciais do Comentário de Acerca dos Signos Masculinos e Femininos segundo Ptolomeu). A doutrina astrológica chega a ele por via da astrologia árabe, em especial, através dos textos de Abū Ma'shar e de Al Bīrūnī. Nos textos de Ibn Ezra, pelo facto de não enunciar a precedência de muitas das suas afirmações, sendo até uma parte significativa excertos de obras não assinaladas, não é fácil concluir o alcance das suas leituras. Por outro lado, devido à finalidade dos textos, Ibn Ezra opta por formulações sintéticas. A grande excepção é a relação entre Sefer Reshit Hokhmah e Sefer ha Te'amim, pois o primeiro serve de introdução e o segundo de justificação.

     A obra astrológica de Ibn Ezra é constituída por nove livros, oito dos quais formariam uma enciclopédia, a qual tinha por propósito cobrir todas os temas e segmentos astrológicos da época:
  • Sefer Mishpetei ha-Mazzalot (Livro dos Julgamentos dos Signos do Zodíaco) - Este é o único livro que não foi redigido com os restantes, precedendo-os na ordem do tempo. É uma introdução à astrologia, contudo apresenta-se de um modo menos sistemático que Reshid Hokhmah. A justificação pode dever-se ao facto ou de Ibn Ezra ter incluído interpolações ou por um erro dos copistas. No entanto, aborda alguns temas que não são tratados em Reshid Hokhmah, como, por exemplo, a Trutina Hermetis e a Distribuição dos Planetas pelos Meses de Gestação. E lista também outros de forma mais completa, como os Regentes dos Decanatos, os Regentes dos Termos e seus graus respectivos e as Triplicidades por Segmento Diurno e Nocturno. Desenvolve também a Melothesia que é mais sintética em Reshid Hokhmah.
  • Sefer Reshit Hokhmah (Livro do Princípio da Sabedoria) - Existem duas versões. É também uma introdução à astrologia, que, juntamente com o texto anterior, foi especialmente influenciada pelo Kitāb al-mudkhal al-Kabīr de Abū Ma'shar. Dedica-se a temas comuns a Mishpetei ha-Mazzalot como os Signos, os Planetas, os Aspectos, os Quadrantes e as Casa. Existem outros temas que desenvolve de forma mais exaustiva como as Constelações, as Dignidades Planetárias, as Partes, a Dodecatemoria e as Nove Partes. Por fim, aborda alguns temas que não são  tratados em Mishpetei ha-Mazzalot como a Paranetellonta, a Natureza dos Signos enquanto Ascendentes, as Estrelas Fixas e a Divisão dos Graus de acordo com a sua Natureza.
  • Sefer ha-Te'amim (Livro das Razões) - Existem duas versões. Este livro formaria um conjunto com Reshit Hokhmah, pois é uma explicitação dos aspectos enunciados no anterior, dividindo-se também em dez capítulos. No entanto, este apresenta um quadro justificativo de alguns temas abordados em Mishpetei ha-Mazzalot. A noção de razão relativa ou referente tem aqui um alcance maior que a mera continuação de Reshit Hokhmah. Te'amim começa com uma descrição do universo, das constelações, dos signos na oitava esfera, da posição e órbita dos planetas e da natureza física das estrelas fixas e dos planetas. As temáticas seguintes são semelhantes às de Mishpetei ha-Mazzalot e de Reshit Hokhmah, embora inclua alguns temas sobre as natividades, tais o Ascendente, o Hyl'eg e as Revoluções. Contudo, o capítulo décimo destaca-se ao incluir as técnicas para o cálculo dos aspectos, das direcções e das casas mundanas, bem como a análise dos períodos astrológicos, que não constam dos outros dois tratados. Convém também referir-se que ordem temática é diferente nas duas versões.
  • Sefer ha-Moladot (Livro das Natividades) - Dedica-se à astrologia natal. Existem duas versões, a segunda das quais em latim (Liber Nativitatum). Existe também um tratado intitulado Liber Nativitatibus, que aborda a mesma temática, mas pode ser um tratado hebraico perdido de Ibn Ezra ou um em que este teve uma participação activa. Este texto aguarda edição crítica, mas é citado em amiúde nas edições de Shlomo Sela (2007-2017). Ibn Ezra começa esboçando os oito pontos da debilidade da astrologia natal e, embora faça a sua defesa, coloca uma precedência nos julgamentos colectivos sobre os individuais. Procura também mostrar-se como pioneiro na astrologia hebraica, algo semelhante ao que fez em Sefer Keli ha-Nehoshet, a respeito do astrolábio e da sua utilidade científica. De seguida, dedicada a segunda parte do tratado à rectificação da natividade, refutando o modelo de Ptolomeu e corrigindo a Balança de Enoch ou Trutina Hermetis, que fora enunciada em Mishpetei ha-Mazzalot. A terceira parte é dedicada às natividades propriamente ditas. Por fim, a quarta parte trata das revoluções ou da horoscopia contínua. Aborda os modelos de cálculo e os seus antecedentes históricos. A sua análise é boa parte baseada no Tahāwīl sinī al-mawālī de Abū Ma'shar. Termina com uma abordagem introdutória à doutrina das eleições.
  • Sefer ha-Tequfah (Livro das Revoluções) - Aborda sobretudo as revoluções e continua muitos dos temas abordados na quarta parte de Moladot. Neste tratado, Ibn Ezra já não desvaloriza a astrologia natal, pelo contrário, tenta recuperar algum argumentário de Ptolomeu em defesa das natividades e revoluções individuais. No entanto, as técnicas provêm sobretudo da astrologia árabe. O texto inicia-se com o método e proposta de cálculo das revoluções. De seguida, avalia as posições das direcções dos regentes das casas, bem como dos signos em relação à posição natal dos planetas. Ibn Ezra dedica-se depois ao tema, que já havia sido introduzido em Moladot, dos Signos e Casas Terminais. Na verdade, este método é similar ao das Profecções. Na segunda versão de Te'amim, Ibn Ezra define casa terminal como o lugar a que a revolução chega no fim de ano, considerando que a cada mês são atribuídos dois graus e meio. Nesse mesmo sentido, um signo terminal é o signo que se alcança numa revolução, ou seja, um signo (30°) corresponde a um ano. O texto continua depois com a firdaria (al-fardār) e com a avaliação do regente do ascendente na revolução e com regente da hora. Por fim, desenvolve as revoluções do mês, semana, dia e hora, já iniciada em Moladot.
  • Sefer ha-Mivharim (Livro das Eleições) - Existem três versões deste texto, sendo, a terceira fragmentária, apesar de constituída por um fragmento longo. Trata da astrologia electiva, ou seja, a análise do tempo oportuno para determinada acção ou acontecimento, o kaíros grego. Ibn Ezra inicia o tratado com a problemática da aparente oposição entre livre arbítrio e determinismo astrológico, defendendo que o ser humano pode escapar aos desígnios das estrelas porque a sua alma foi criada num lugar superior a estas, assim, pelo recurso à inteligência, pode reduzir a sua má fortuna. Porém, no que às eleições diz respeito, Ibn Ezra reafirma algum determinismo, pois uma eleição não pode contrariar o decreto de uma natividade. Pode, contudo, minorar o seu alcance ou intensidade, ou seja, a eleição pode reduzir os desígnios das estrelas. O tratado avança depois com a exposição de dois métodos de eleição: o primeiro depende do mapa natal, colocando o lugar/casa do tema electivo como ascendente (este é um modelo similar ao que encontramos em Doroteu de Sidon ou em Vétio Valente) e o segundo, na ausência dos dados temporais do nascimento, consiste na escolha de um planeta e na procura da sua melhor posição. Ibn Ezra considera o primeiro mais preciso que o segundo. A organização do texto, que é comum a outros tratados, nomeadamente a Se'elot, segue as doze casas. Neste caso, cada capítulo apresenta as eleições que concernem a cada casa.
  • Sefer ha-Se'elot (Livro das Interrogações) - Existem três versões, sendo a terceira fragmentária. A doutrina das Interrogações trata do que hoje definimos como astrologia horária. Ora, tanto em Mivharim como em Se'elot, levanta-se, até pelas referências textuais, a questão das fontes, ou seja, quem foram os mestres Ibn Ezra em matéria de Eleições ou Interrogações. Quando se refere aos antigos ou aos cientistas egípcios, Ibn Ezra reporta-se à tradição dos textos herméticos, em particular aos se dedicam à astrologia, atribuindo a Hermes o nome de Enoch, e a Ptolomeu. Da antiguidade, em matéria de Eleições e Interrogações, as fontes de Ibn Ezra seriam sobretudo Doroteu de Sidon, especial o livro V do Carmen Astrologicum, e Ptolomeu. No entanto, Ptolomeu não explora estas temáticas no Tetrabiblos. A sua fonte seria o Centiloquium, conhecido por Ibn Ezra como Sefer ha-Peri. Esta obra é atribuída a Ptolomeu, mas é uma criação da alta idade média. Na astrologia árabe, é conhecido por Kitāb al-Tamara e acredita-se ser uma criação de Ahmad Ibn Yūsuf, que no século X fez um comentário a esta obra. As outras fontes de Ibn Ezra são Al-Kindī e Māshā-allāh, cientistas indianos, Andarzagor ibn Sādān Farruh, um cientista persa, e Sahl Ibn Bishr al-Yahūdī, de origem judaica, e Abū Ma'shar. O papel das fontes é fundamental, pois mostra como Ibn Ezra recuperou as tradições antigas e transportou-as para a Europa cristã. Se'elot segue a estrutura de Mivharim e divide as Interrogações pelas doze casas. Ibn Ezra mostra, logo no início, as suas dúvidas em relação a este método, apresentando os seus limites. Refere também que a sinceridade de quem coloca as questões limita a resposta. Porém, apesar das suas ressalvas, explana com rigor todo um leque de questões e a metodologia para se encontrar a resposta. 
  • Sefer ha-Me'orot (Livro dos Luminares) - Existem duas versões. Este é único tratado astrológico de Ibn Ezra cujo título não aponta para o seu objecto. No entanto, ao ler-se o tratado compreende-se que existe uma condição necessária entre a natureza e qualidade da luz e os estados de saúde ou doença. Ibn Ezra aborda a astrologia médica a partir da Teoria dos Dias Críticos. A principal fonte de Ibn Ezra é Galeno, que deve ter chegado até ele pela tradução de Ishaq al-'Ibādi, Kitāb' ayyām al-buhrān (Sobre os Dias Críticos), bem como a partir da tradição médica árabe, com nomes como al-Rāzī, Haly Abbas e Ibn Sīnā. Do ponto de vista astrológico, as suas fontes foram a tradição hermética, Doroteu de Sidon, que no livro V do Carmen Astrologicum alude a essa teoria, sendo este anterior a Galeno, Ptolomeu  (Pseudo), que no Centiloquium (Aforismo 60) refere a teoria e Teófilo de Edessa, que, a partir de Hermes, concilia a Melothesia e a Doutrina da Localização da Dor. Ora a Teoria dos Dias Críticos defende que os dias 7, 14, 20/21 e 27/28, desde do início da doença, podem ser dias de crises, seguindo, como é perceptível, o ciclo da Lua. Doroteu acrescenta os dias 9 e 18, pois formam trígonos. As crises, segundo a teoria, ocorreriam nas quadraturas e oposição, porém nem sempre assim, como indica o próprio Ibn Ezra. A sua justificação para algumas discrepâncias deve-se a excentricidades no movimento da Lua. Outro factor que também refere é a diferente reacção de dois pacientes com o mesmo posicionamento astrológico. Segundo Ezra, deve-se ter em consideração as nove complexões de Galeno, ou seja, a natureza do paciente. O texto de Me'orot divide-se em quatro partes. A primeira inicia-se com exposição da natureza dos luminares e da Teoria dos Dias Críticos. De seguida, elenca quatro aspectos que devem ser considerados: o Sol e Lua encontrarem-se nas suas casas, nas casas de exaltação ou nas casas de dejecção; existirem eclipses lunares ou solares; avaliar-se a posição do Sol e da Lua e posição relativa com os pontos solsticiais e equinociais; e distinguir-se a qualidade da luz lunar (crescente ou minguante) e avaliar-se se a doença se deve a um excesso ou défice de humor. Na segunda parte, apresenta-se os aspecto da Lua (conjunção, quadratura e oposição) e relação com os pontos cardeais, bem como a importância de se fazer um mapa do início da doença. Na terceira parte, são abordadas as conjunções da Lua com um planeta ou vários e com as estrelas fixas. Por fim, na quarta parte, avaliam-se as condições para se verificar a teoria proposta e procede à distinção entre doença aguda, avaliada num mês pela Lua, e doença crónica, avaliada pelo ciclo anual do Sol.
  • Sefer ha-'Olam (Livro do Mundo) - Existem duas versões. Este tratado dedica-se à astrologia mundana, ou seja, o seu objecto é o conjunto de factores políticos e sociais dignos de análise astrológica. Nesta abordagem, inclui-se também a investigação meteorológica. Em suma, a astrologia aplicada ao mundo dedica-se ao que concerne à humanidade, ao colectivo, seja a guerra ou a paz, a fome ou a abundância, a chuva ou a seca. Ibn Ezra inicia o texto com a apresentação do tema que vai ocupar quase todo o tratado: a Grande Conjunção. Parte do livro de Abū Ma'shar Kitāb al-dalālāt alā al-ittisālāt wa-qirānāt al-kawākib, na versão latina De magnis coniuctionibus, para concluir que existem cento e vinte conjunções. Ora destas, seguindo a tradição anterior, destaca a conjugação de Júpiter e Saturno, pois sendo mais pesados, são mais lentos. Logo, para Ibn Ezra, indicam os assuntos gerais, visto que os pormenores são próprios dos que são mais leves e mais rápidos. A Grande Conjunção é aquela que une Júpiter e Saturno em Carneiro, no seu início, por este ser o primeiro signo. Segundo Ibn Ezra e Abū Ma'shar, ela ocorre a cada 1000 anos. De seguida, indica como, depois de ocorrer a Grande Conjunção, esta segue a triplicidade do fogo, assim, 20 mais tarde, dá-se em Sagitário e, 20 anos depois, ocorre em Leão. Depois de Leão, 20 anos mais tarde, volta a Carneiro, mas não no mesmo grau. Ibn Ezra continua a sequência, demonstrando que repete a conjugação entre doze a treze vezes, perfazendo 240 a 260 anos. De seguida, passa para a triplicidade de Terra, para a do Ar e, por último, para a de Água para, por fim, regressar ao Fogo. De forma a avaliar este grande ciclo, Ibn Ezra recomenda que se faça um mapa para a Revolução do Ano, ou seja, iniciando-se em Carneiro. Esta necessidade leva a que tratado avance para a discussão da Progressão dos Equinócios e da inclinação do eixo. Segundo Ibn Ezra, Ptolomeu afirma que deve estar entre os 23°45' e os 23°51', mas para Hiparco está a 23°51' e para Abū Mansūr e Al-Zarquālī está a 23°33'. Recomenda também que, para a precisão da Revolução do Ano, se deve considerar os eclipses, de modo a chegar ao cálculo exacto do ascendente. O tratado dedica -se, de seguida, a um conjunto de recomendações de análise, tanto para a Grande Conjunção como para todo o mapa da Revolução do Ano (movimento directo ou retrógrado, posição face à latitude, regentes, etc). Neste ponto, Ibn Ezra segue as propostas de análise de Ptolomeu, incluindo o Centiloquium, de Doroteu, de Enoch (Hermes), de Abū Ma'shar e Māshā'allāh. Este último diz, por exemplo, que se Saturno estiver  em oposição ou conjunção a Marte ou se o regente do signo estiver combusto, trará um grande mal para a nação em causa, ou seja, a que é regida pelo signo onde se encontra. O cálculo e a análise das nações seguem os dados (listas) de Enoch (Hermes), de Al-Kindī e de Abū Ma'shar, onde, por exemplo, Carneiro e Júpiter regem as terras do Iraque e o reino da Pérsia e Jerusalém estão no grau 6 de Capricórnio. De seguida, o tratado avalia, a partir das 28 Mansões da Lua, as condições astrológicas para a chuva e para a seca. E termina com as recomendações de Al-Andruzgar para análise da Revolução do Ano. 
     A importância de Ibn Ezra para a astrologia não assenta tanto em estruturas conceptuais por si criadas, mas sim na sistematização, também ela criativa, das tradições astrológicas da Antiguidade, de Bizâncio, do mundo árabe, judaico e cristão. Ibn Ezra foi sobretudo um importante modelo de passagem, tal como foi, por exemplo, Teófilo de Edessa na ligação entre a astrologia antiga e a astrologia árabe. Ibn Ezra morreu por volta de 1161 e deixou-nos um conjunto de tratados que são uma referência incontornável para qualquer astrólogo.


Bibliografia

Langermann, T., 2016, "Abraham Ibn Ezra", The Stanford Encyclopedia of Philosophy (Winter 2016 Edition), Edward N. Zalta (ed.), URL =
<https://plato.stanford.edu/archives/win2016/entries/ibn-ezra/>. (Acedido em 15/02/2018).

Levy, R., 1927, The Astrological Works of Abraham Ibn Ezra - A literary and linguistic study with special reference to the Old French translation of Hagin. The Johns Hopkins University Press. Paris: Presses Universitaire de France.

Sela, S., 2007, Abraham Ibn Ezra: The Book of Reasons - A Parallel Hebrew-English Crirical Edition of the Two Versions of the Text. Leiden and Boston: Brill.  
 - - 2010, The Book of the world - A Parallel Hebrew-English Critical Edition of the Two Versions of the Text. Leiden and Boston: Brill.
 - - 2011, Abraham Ibn Ezra on Elections, Interrogations, and Medical Astrology - A Parallel Hebrew-English Critical Edition of the Book of Elections (3 Versions), the Book of Interrogations (3 Versions), and the Book of the Luminaries. Leiden and Boston: Brill.
 - - 2013, Abraham Ibn Ezra on Nativities and Continuous Horoscopy - A Parallel Hebrew-English Critical Edition of the Book of Nativities and the Book of Revolution. Leiden and Boston: Brill.
 - - 2017, Abraham Ibn Ezra’s Introductions to Astrology - A Parallel Hebrew-English Critical Edition of the Book of the Beginning of Wisdom and the Book of the Judgments of the Zodiacal Signs. Leiden and Boston: Brill

Smithuis, R., 2006, "Abraham Ibn Ezra's Astrological Works in Hebrew and Latin: New Discoveries and Exhaustive Listing" in Aleph: Historical Studies in Science and Judaism, Volume 6, 2006, pp. 239-338. Published by Indiana University Press DOI: 10.1353/ale.2006.0007

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Astrologia Empresarial

  A premissa que julgo mais adequada para definir a astrologia é considerá-la, não uma ciência, não uma arte, mas uma forma de linguagem. Esta redefinição não diminui o seu valor, demonstra sim a sua função num mundo com outras exigências. Se a astronomia descreve o Nómos, a norma, a estrutura, a mecânica do céu, a astrologia aponta para o Logos, para a razão, para o sentido, para o discurso celeste. Logo, quando a comunidade científica afirmou, por exemplo, que Plutão não era um planeta,  isso não se traduziu num problema para a astrologia, pois Plutão é parte de um sistema simbólico, formado por ideias e arquétipos, e aquilo que expressa é mais relevante do que a forma como um outro sistema o define.  A astrologia é uma linguagem que tem o céu como imagem, como representação. A apreensão do sentido que a astrologia indica pode permitir que esta se transforma em astrosofia, ou seja, num modelo de interpretação da realidade em que o sentido e o mistério adquirem um valor de afinidade electiva e de escolha mimética. Ora se a natureza da astrologia pode ser alvo de uma redefinição, também o modo como a utilizamos e aplicamos é objecto de reavaliação.

Figura 1
Mapa Astrológico Natal de Warren Buffett
30-08-1930   15h00m
Omaha, Nebraska, EUA
  A astrologia esteve sempre, ao longo da sua história, em sintonia com os anseios do ser humano. Na verdade, contrariamente ao que se possa pensar, a astrologia não é nem geocêntrica, nem heliocêntrica, é, por essência, antropocêntrica. O seu objecto primeiro é o humano, daí que esteja em harmonia com aquilo que mulheres e homens procuram. O amor, a família, a saúde, o trabalho e o dinheiro são os temas que estão na origem da maioria das consultas de astrologia. No entanto, o exercício da astrologia apresenta outros vectores. A astrologia como modelo de transformação é quiçá o principal vector, alternativo à astrologia mundana ou comum. Este carácter transformador pode transpor um paradigma espiritual e, nesse caso, insere-se numa concepção teocêntrica do mundo, independentemente da ideia de divino, ou procurar um conhecimento de si cujo objecto é psique. Essa demanda aproxima-se mais da psicologia, não necessariamente da psicologia clínica, mas de uma psicologia que era uma área do saber da filosofia. Nesse modelo, a astrologia aproxima-se da filosofia prática, da psicanálise e da psicologia analítica. Porém, existe um outro vector que não tem tido grande expressão, sobretudo em Portugal. Falo de uma astrologia aplicada à sociedade, ou seja, de um modelo astrológico que transcende o ser humano, o individual, e se fixa nas expressões colectivas da humanidade. As empresas são uma parte desses esforços colectivos, logo a astrologia pode ser aplicada às empresas e nas suas actividades desempenhar uma voz activa.

Figura 2
Mapa Astrológico Natal de Bill Gates
28-10-1955   22h00m
Seattle, Washington, EUA
  A astrologia pode ser um importante contributo para aquilo que é denominado como business intellegence, uma vez que complementa, confirma ou aprofunda muitos dos dados ou até mesmo intuições de quem dirige ou coordena. O conhecimento da astrologia e a sua competência para interpretar signos e sinais permite a uma empresa, por um lado, redefinir-se e reavaliar-se e, por outro, possibilita que o sucesso seja mais tangível. A astrologia recoloca uma empresa no espaço e no tempo, não meramente através de um recurso predicativo, mas através do conhecimento do meio em que se insere e da compreensão das alternâncias temporais. Porém, a questão que se coloca é de como pode uma empresa utilizar a astrologia. A resposta imediata, com base no que quem sido a tradição astrológica mais comum, seria para avaliar as pessoas e não estaria incorrecta, todavia seria um recurso limitado e restrito. Os Recursos Humanos são um dos departamentos que mais pode beneficiar com o recurso à astrologia.



Figura 3
Mapa Astrológico Natal de Mark Zuckerberg
14-05-1984   14h39m
Dobbs, Nova Iorque, EUA
  Para os Recursos Humanos, a primeira aplicação de uma consultadoria astrológica poderia ser ao nível do recrutamento, porém a astrologia trabalha a partir de alguns dados - data, hora e local de nascimento - que podem não ser do conhecimento do recrutador. Existem duas hipóteses que podem ser utilizadas: ou se pede uma certidão de nascimento, com a justificação de confirmar dados, uma vez que a actual legislação não permite a cópia do cartão do cidadão, ou se utiliza um formulário para a candidatura onde constem as informações necessárias. Este segundo modelo já é utilizado por algumas empresas no Brasil e nos Estados Unidos da América. Em Portugal, o uso da certidão de nascimento ainda é o mais utilizado, pois as empresas preferem esconder o recurso à astrologia. De facto, a interpretação do mapa astrológico natal é a melhor forma de conhecer o candidato a uma determinada função, pois indica a totalidade do indivíduo (figuras 1, 2 e 3). No entanto, se a hora e o local de nascimento forem desconhecidos e se não se possuir as informações necessárias para rectificar a hora de nascimento, é possível recorrer a outras duas possibilidades que, embora incompletas, podem auxiliar a decisão, são o momento da candidatura e, se a escolha já ocorreu, mas a pessoa ainda está à experiência, a inscrição na Segurança Social. Estas alternativas são possíveis, sobretudo, pela sua componente digital. Por exemplo, o e-mail do candidato possui esses elementos: data, hora e o local é onde estão sediados os Recursos Humanos. A inscrição na Segurança Social também pode ser utilizada, pois implica o compromisso público, perante o Estado, dessa relação laboral e, uma vez que hoje é quase sempre feita de forma digital, os dados são de acesso imediato. O momento de apresentação do Relatório Único pode indicar a relação da totalidade dos funcionários com a empresa. No entanto, estas duas hipóteses interpretam apenas as intenções da candidatura e a natureza da relação laboral e não todo perfil da pessoa. Nas grandes empresas,  pode até não ser viável a análise de todos aqueles que a ela se candidatam, mas para alguns cargos de chefia pode ser um importante contributo. Por exemplo, quando se escolhe um director financeiro ou um director comercial, a consultadoria astrológica pode ajudar numa escolha que já é por si mesma complexa. No entanto, a astrologia pode ser utilizada pelos Recursos Humanos de outras formas.

Figura 4
Sinestesia Exemplo
  As empresas podem, num quadro de consultoria astrológica, pedir que sejam elaborados os mapas natais dos seus colaboradores, neste caso seria mais adequado que fosse com o seu consentimento, de modo a explorar as potencialidades de cada um, bem como o modo como podem ser desenvolvidas. Com este recurso, é possível identificar, por exemplo, funcionários a quem não está a ser dado o devido valor ou cujo potencial não está de acordo com as funções desempenhadas. Pode-se, por exemplo, estar a verificar que um colaborador que era criativo e eficiente tem, nos últimos tempos, se revelado pouco produtivo, então a astrologia pode analisar o perfil da pessoa e determinar que essa pessoa coloca como prioridade absoluta a sua família e o trabalho está interferir com a sua vida pessoal. Ora este aspecto não faz da pessoa um mau trabalhador, mostra que, por exemplo, deve-se evitar que faça horas extraordinárias, apoiar a assistência à família e a até a possibilidade de isenção de horário, se as suas funções o permitirem e se puder realizar alguns dos seus objectivos em casa, assim a produtividade melhora e a empresa sai a ganhar. Porém, tanto o astrólogo como a empresa não devem ultrapassar o limite que é o interesse da empresa, mas também o da reserva da vida privada, pois ética gera ética e confiança gera confiança. Uma outra possibilidade de uso da astrologia é criação de sinestesias (figura 4), ou seja, de mapas astrológicos comparados. Por exemplo, existe um conflito entre o director-geral e o director comercial e o primeiro quer aprofundar as causas do conflito e o modo como o superar, então a astrologia mediante o recurso a uma sinestesia, um mapa natal comparado, pode aprofundar esse conflito e apresentar uma solução. Ou se num espaço que não a sede da empresa, tal como uma filial ou uma loja, existe um litígio entre o gerente ou o responsável e os restantes colaboradores, a astrologia pode também dar o seu contribuir. Neste caso, uma vez que distancia entre a sede e local do conflito não permite um testemunho directo e depende das versões dos intervenientes, a astrologia pode, mediante a elaboração de sinestesias entre os interlocutores, encontrar a origem do problema, o qual não era totalmente compreendido. Em situações como estas, o recurso à astrologia horária pode também ser uma escolha, ou seja, é elaborado um mapa do céu num momento em que é formulada a questão e será ele que indicará a resposta.

Figura 5
Mapa Astrológica de Empresa Exemplo
  Um modelo que é utilizado com frequência é a criação de um mapa natal para a empresa, explicitando o momento que está na génese da sua actividade. Hoje em dia com a simplificação do acto de criação de uma empresa, é mais fácil recorrer os dados necessários para o mapa: data, hora e local. Por exemplo, se o futuro sócio-gerente ou sócios criarem a empresa num serviço de Empresa na Hora ou na Conservatória do Registo Comercial, os dados são acesso imediato, sobretudo, se a taxa e o imposto de selo forem liquidados por pagamento com o multibanco, pois a hora fica impressa no comprovativo de pagamento. Uma outra hipótese é  a hora em que o Técnico Oficial de Contas entrega, via Internet, junto da Autoridade Tributária, a Declaração de Início de Actividade. Por fim, a data e a hora da inauguração da sede da empresa ou do começo efectivo da actividade podem também ser utilizados. Em empresas mais antigas e cuja hora da criação da empresa ou da inauguração se perde na memória ou no tempo,  será necessário recorrer ao mesmo procedimento que é usado quando se desconhece a hora de nascimento de uma pessoa. Para a Rectificação do Ascendente de uma empresa, é necessário reunir algumas das datas dos momentos mais marcantes da história da empresa, tais como: a data do Registo Comercial ou do Pacto Social, pois é a data do nascimento da empresa; a data de nascimento dos sócios ou dos CEOs, caso sejam diferentes ou se os sócios ou os accionistas forem num número que dificulte a análise; as datas de alterações significativas aos estatutos da empresa; abertura de filiais ou lojas; as datas do primeiro Break-Even e do primeiro ano de lucros ou dos anos de melhores resultados; as datas dos Bestsellers mais importantes e das campanhas de marketing mais relevantes; e qualquer outra data importante, layout, despedimento colectivo, recapitalização ou revitalização, pedidos de insolvência, etc. A partir destes dados, o astrólogo inicia um processo complexo de cálculos e associações, recorrendo a técnicas como análise de Trânsitos, Progressões Secundárias e Direcções do Arco Solar, que irão concluir uma hora específica. Nessa altura, é possível criar o mapa astrológico natal da empresa (figura 5).

  O mapa da empresa apresenta um elemento que serve de base para quase todas as análises possíveis. No mapa, a partir das suas casas, estão inscritos os vários departamentos de uma empresa, bem como as pessoas que neles trabalham. A interpretação conjunta das casas, dos luminares, dos planetas e das relações que entre eles se estabelecem permite aferir as pessoas, os departamentos ou as estruturas que precisam de uma maior atenção, senão mesmo de alguma forma de reestruturação. É possível também fazer uma sinestesia, uma mapa comparado (figura 4), entre o mapa de uma pessoa e o mapa da empresa. Por exemplo, a identidade da Microsoft está intimamente ligada à  personalidade de Bill Gates (figura 2), logo uma abordagem comparada faz todo o sentido, bem como o caso de Mark Zuckerberg (figura 3) e o Facebook. A elaboração dos mapas natais do fundador ou do CEO de uma empresa pode ser sempre um importante contributo. Os três exemplos apresentados - Warren Buffett, Bill Gates e Mark Zuckerberg - demonstram a importância de um líder, de uma personalidade que determina o sucesso das suas empresas, bem como é possível constatar, através dos seus mapas, como impuseram as suas ideias no mundo. 

Figura 6
Astrocartografia aplicada ao Mapa da Empresa
  Para além da analisar a estrutura e o pessoal, o mapa da empresa possibilita que se crie um conjunto de linhas e modelos temporais de modo a prever a evolução da sua actividade num curto, médio e longo prazo. A curto prazo, por exemplo um mês, dados como os trânsitos e os aspectos da Lua, a Lua fora de curso ou a existência de um movimento retrógrado de Mercúrio podem afectar os resultados comerciais da empresa, daí que o conhecimento de dias ou semanas menos favoráveis permita que o departamento de comercial adopte medidas para alterar essa tendência. A médio prazo, por exemplo um ano, são avaliados os trânsitos e os aspectos entre os astros em trânsito e os astros natais, de modo a concluir quais são os períodos de crescimento e os de carência, os de expansão e os de contenção. Esse conhecimento permite que os vários departamentos adoptem medidas preventivas, de acção ou reacção. A longo prazo, o recurso a técnicas como a análise dos trânsitos, das progressões secundárias, das revoluções solares, das direcções primárias, das direcções do arco solar, bem como das direcções terciárias e da firdaria, permite que se estabeleçam e definam os ciclos da empresa. A este conhecimento temporal é possível acrescentar um conhecimento espacial. A astrocartografia (figura 6) permite que se avalie situações e tendências no planisfério. Por exemplo, uma empresa pretende expandir os seus negócios para a China, então, a através do recurso a esta técnica, pode-se estabelecer se num certo período temporal é favorável a expansão da actividade da empresa para a China ou até indicar como se desenvolverá o processo, poderá também indicar que outras áreas geográficas são adequadas a essa expansão. Em termos políticos e geoestratégicos, a astrocartografia oferece também um importante contributo. Por fim, a Astrologia Electiva é uma técnica que, não tendo um horóscopo prévio, procura aquilo que os gregos designavam como Kaíros, o tempo electivo, o tempo certo para fazer e escolher. Por exemplo, uma empresa procura saber qual é o melhor momento para lançar um produto ou uma campanha publicitária, então a astrologia electiva indaga, entre as efemérides e as afinidades celestes, qual o momento ideal. Todas estas técnicas oferecem às empresas um imenso quadro possibilidades.

  A astrologia empresarial é uma corrente da astrologia que permite às empresas adquirirem novas e importantes informações. A astrologia como linguagem interpretativa do humano e do universo oferece ao mundo dos negócios outros caminhos para o sucesso, os quais não deviam ser desperdiçados por um mero preconceito. A astrologia nunca foi uma parte cristalizada do saber, pois soube sempre, ao longo dos séculos, reinventar-se e adaptar-se à evolução do tempo e da história. Hoje, no pensamento astrológico contemporâneo já não existe nem determinismo, nem fatalismo, existem sim formulações de sentido que contemplam a liberdade humana e a capacidade do humano se transcender, seja através de um percurso espiritual, seja através da sua vida privada, mas também pela mão da sua realização profissional. O recurso à astrologia empresarial é um recurso que, quando utilizado, supera quase sempre as expectativas.


Nota: Todas as figuras apresentadas foram geradas no software Solar Fire.